Este blog surgiu entre conversas de “buteco”, depois de tanto ouvir as amigas falando sobre desilusões amorosas, aventuras e desventuras sentimentais, trabalhos problemáticos, destinos incertos, “amigas da onça” e demais blá, blá, blás relacionados às incertezas da vida. Resolvemos botar pra fora! Escrever um livro!! Mas... na falta de um editor que compre nossas idéias, um blog é um bom canal pra falar sobre todos esses assuntos e compartilhar com todas as gurias as agruras de sermos mulheres bem resolvidas, no séc. XXI. Sintam-se à vontade gurias e guris pra comentar os assuntos e dar sugestões!!

domingo, 16 de outubro de 2011

Butequeiro da rodada: Roberto Coutinho!!

Mazá!! Pra mostrar que o boteco aqui é democrático mesmo, vai mais um post de um representante da ala masculina:

 Reptilia sapiens - A lógica da Conquista

Quando as meninas me convidaram para fazer um post aqui no Butequinho (obrigado pelo convite meninas!), não sabia sobre o que escrever. Mas esta semana tive uma conversa com uma amiga que recém saiu de um relacionamento sério e está se aventurando no mundo dos solteiros. Resolvi então, escrever este post com base nessa troca de idéias.


The lovers by Magritte
Os relacionamentos mais estáveis (casamento, noivado, namoro, amizade-colorida...) mantém o status quo porque são baseados no predomínio da razão sobre a emoção. Veja bem: não estou dizendo que as emoções não importam. Pelo contrário! Elas são o tempero do relacionamento. Mas o molho é feito pela razão. Caso contrário, não conseguiríamos gerenciar a rotina, a família, os amigos de verdade, os "amigos da onça", a distância e também a proximidade do outro.

Por outro lado, a vida solteira é regida pela emoção. O solteiro não tem conforto e estabilidade. Para sobreviver, tem que sair à caça todos os dias. E a graça da vida solteira é o momento da conquista. Aí que acontece a adrenalina, o prazer, a satisfação ou a decepção consigo mesmo. Neste ponto, nosso cérebro de homo sapiens evoluído não tem vez sobre o velho cérebro reptiliano. E assim como na natureza, neste momento, homem e mulher, macho e fêmea, se diferenciam bastante. O prazer do homem está na sensação de poder, de conquistar; já a mulher encontra sua satisfação em sentir-se desejada.

Se você leu até este ponto, deve estar pensando: "este idiota está tratando a coisa de maneira muito simplista!" Pois sim, é essa a idéia! Como as nuances são tantas e tão complexas, não me sinto apto a falar delas neste post. Partindo deste ponto, levanto alguns exemplos que demonstram melhor como isto funciona.

A mulher se arruma, se produz (andar desarrumada e desproduzida também vale neste caso) afim de ser desejada. Do outro lado, o homem está sempre com o radar ligado procurando um sorriso, um olhar simpático, uma abertura qualquer. Esta é a deixa da mulher para que ele faça a aproximação e derrube os limites impostos por ela até o momento da conquista. Esta situação coloca perfeitamente as duas partes em suas zonas de atuação: o homem é poderoso, derruba as barreiras e conquista a mulher. Ela por sua vez, é disputada, desejada. Neste momento, os egos são massageados mutuamente. Mas não é sempre que isto ocorre, como veremos abaixo:

A coletora que virou caçadora:
A mulher que vai à caça, correndo atrás do homem, forçando uma aproximação, ou até as vezes partindo para a cima em um ataque fulminante, deixa o homem se sentindo inferiorizado e incompetente, já que a mulher que fez todo o "serviço". Sem falar que acaba se passando por uma psicopata desesperada.

A metralhadora giratória:
Aí aparece o sujeito que atira para todos os lados. Não espera a deixa. Ataca a primeira que aparecer. E se não der certo, ataca a amiga ao lado. E assim vai... neste caso, ele até consegue se satisfazer, já que a estatística está a seu favor. Mas este sujeito não consegue despertar o mínimo prazer na mulher, que quer ser desejada e diferenciada do resto do grupo.

O pavão e a coleção de bolsas (a outra face do desejo e da auto-afirmação):
Às vezes pergunto para as mulheres porque da fixação em combinar a bolsa com a roupa ou com a ocasião, já que os homens NUNCA prestam atenção neste acessório. A resposta é sempre a mesma: "a mulher não se veste para os homens, e sim para as outras mulheres". Em parte, isso é verdade e ajuda a confirmar a tese. A mulher também gosta de ser invejada, já que este sentimento (na sua forma positiva ou negativa) é baseada no desejo. Neste caso, não que alguém deseje ela, mas que deseje ser como ela.
Do outro lado, tem o sujeito que adora desfilar por aí com aquelas loiras bundudas e decotadas. Ou então ficar contando para os amigos suas peripécias sexuais. Muitas vezes as loiras são "contratadas" e as histórias não passam de pura imaginação. Esta pode ser vista como a versão masculina da bolsa, onde o homem tenta mostrar seu lado conquistador.

Como disse antes, todo este papo esta é uma visão reducionista de um sistema complexo. Mas pode ser um bom ponto de partida. Até porque, se analisarmos friamente esta questão, quem está no comando durante todo o processo é sempre a mulher. O que resta ao homem é saber tomar as decisões certas na hora certa.

4 comentários:

  1. Como é bom saber um pouco a opinião masculina. Adorei o texto, Coutinho!

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  2. Bem vindo, Coutinho!
    Gostei bastante da tua "visão simplista". hehehe

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  3. Gostei Coutinho!
    Visão beeem científica sobre os relacionamentos...heheheh
    Pior que é real essa coisa de razão para casados e emoção para os solteiros...enfim... não se pode ter tudo...

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  4. Discordo em parte, Coutinho e meninas. Acho que a razão não está nos relacionamentos estáveis... penso que a emoção (amor, paixão, carência, obsessão ou um pouco de cada) é que faz com que dois seres humanos tenham a "grande" ideia de se juntarem debaixo de um mesmo teto e compartilharem banheiro, geladeira, cama, tempo, famílias, amigos etc, e superem os inconvenientes desse tipo de aventura em nome do que sentem. A racionalidade está mais do lado dos solteiros, que podem ter alguns dos lados bons dos relacionamentos (sexo, companhia) sem levar junto no pacote a falta de liberdade, brigas, conflito de egos, junção patrimonial, sogros e cunhados etc. Sei que o companheirismo, a vivência do amor no dia a dia são coisas que a vida de solteiro não tem. Mas tudo tem um preço (assim como a expressão da minha opinião sincera terá o preço da perda do que resta de credibilidade da minha pessoa com as leitoras deste blog...).
    Mas da redução do sistema, gostei!

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