Este blog surgiu entre conversas de “buteco”, depois de tanto ouvir as amigas falando sobre desilusões amorosas, aventuras e desventuras sentimentais, trabalhos problemáticos, destinos incertos, “amigas da onça” e demais blá, blá, blás relacionados às incertezas da vida. Resolvemos botar pra fora! Escrever um livro!! Mas... na falta de um editor que compre nossas idéias, um blog é um bom canal pra falar sobre todos esses assuntos e compartilhar com todas as gurias as agruras de sermos mulheres bem resolvidas, no séc. XXI. Sintam-se à vontade gurias e guris pra comentar os assuntos e dar sugestões!!

domingo, 11 de março de 2012

O que é amar?


Esses dias li num daqueles arquivos compartilhados do facebook a seguinte frase: “é fácil dizer eu te amo, difícil é amar de verdade.” Pois é!! Então fiquei pensando sobre o assunto e me veio à mente algumas memórias de quando era adolescente e conversava com minhas amigas, sobre o primeiro amor e a gente se perguntava como saber se estava amando de verdade ou não. Lembrei de como esperávamos que o carinha dissesse “eu te amo” e como era dolorido quando a gente dizia a tal frase e recebia um “te adoro” como resposta! Putz! De chorar no cantinho!!

               Enfim os anos vão passando a gente vai aprendendo com a vida, mas esse questionamento sobre o amor eu ainda me faço. Será que sempre é amor? Será que a gente sabe mesmo amar? Mas afinal, o que é o amor?
              Tem aquelas pessoas que a gente sabe que ama, porque só de pensar em perder dá uma falta de ar, tipo avós, irmãos, pais e filhos. Lembro que quando era criança ia passear no centro com a minha mãe, ela me levava nas lojas e a diversão que eu encontrava era me esconder entre as araras de roupas! Era uma ótima sensação aquele cheiro de roupa novinha, mas o que não era nada legal era sair de um esconderijo de roupas e não achar minha mãe... nossa que desespero (!), imediatamente o coração começava a bater apressado, dava uma pressão na cabeça, parecia que ia morrer! Cadê minha mãe?! Ufa! Então ela aparecia e me dava uma bronca e estava tudo bem, que alívio!
                Voltando aos questionamentos, quando li a tal frase, fiquei me perguntando e querendo entender os sintomas que decretavam se uma pessoa estava amando (como a investigação de uma doença). Foi então que recorri à forma mais pura de amor: o amor materno/paterno. E olhando essa estranha e aparentemente irracional situação eu percebi que o amor é feito, principalmente, de escolhas. Sim, escolhas! Os pais escolhem amar os filhos e os filhos escolhem amar os pais. Não tem nada de irracional.
A irracionalidade pertence à paixão, porque quando a gente se apaixona fica cega, tonta, burra, surda, muda (que o diga a Shakira: http://www.youtube.com/watch?v=B3gbisdtJnA !!!), mas quando a paixonite vai passando temos que tomar uma decisão: ou fica ou vai. Se apaixonar é fácil, arrisco a dizer que é possível se apaixonar a cada dia, a cada semana, mês, mas amar, amar mesmo, realmente é difícil.
Quando uma mãe decide ter um filho, ela está escolhendo, optando entre continuar um ser livre, sem dependentes ou ser uma pessoa que terá alguém com quem se preocupar pelo resto da vida, alguém que será sempre prioridade. E mesmo quando a gravidez não é planejada, o casal tem a escolha de ficar ou não com a criança e isso envolve outras pessoas ainda: as que escolhem adotar uma criança! Quer maior prova de que o amor é repleto de escolhas?!
Vocês podem me dizer que o amor é renúncia, é cegueira, é doação, mas eu vou dizer que antes de tudo houve uma escolha. Eu opto por trocar tudo que tenho em nome de um homem, em nome de meus filhos, em nome dos meus pais. Eu opto por fechar meus olhos diante de um amor não tão perfeito, mas que me dá segurança e tranqüilidade, fechar meus olhos diante dos erros do meu filho e não compará-lo com o filho dos outros. Eu escolho doar meu tempo, meu dinheiro e meus pensamentos para alguém que muitas vezes não tem nenhum laço de parentesco comigo.
Eu opto por não comparar, eu não estou cega, eu não sou conformada, mas eu simplesmente optei por não desistir de alguém, até porque se você for pensar, a opção mais fácil é ficar sozinho (a), livre de responsabilidades para com o outro, só eu mesmo e meu umbigo. Mas nem sempre é a opção mais feliz ou a mais gratificante.
Ufa! Pra terminar eu diria que pra saber se você está amando alguém ou se aquela pessoa determinada já faz parte do teu pequeno ou grande círculo de amores, você deve pensar quantas escolhas você fez por ela ou quantas escolhas você está disposto a fazer em benefício de alguém ao ponto de que sua vida possa estar em segundo plano.
E o que vocês acham? O que é amar na opinião de vocês, guris e gurias butequeiros?
Deixo pra vocês uma música que eu adoro do Legião Urbana que acho que fala um pouco disso também:




Abraços!

5 comentários:

  1. bom se vc ama uma pessoa, provalmente percorreria 50 de ida mais 50 de volta, so para ficar ao lado dela enquanto ela estuda ( e voce faz de conta q estuda)..ou passar 7 dias das ferias em uma barriquinha para duas pessoas..so para poder tomar cafe da manha com ela todos os dias e observar o vai e vem das ondas ao seu lado..ou ir em uma praça em pleno os 37 graus dos vales do sinos para tirar fotos de depredaçoes urabanas para uma trabalho de especializção..so para poder ver o brilho dos seus olhos ao ter as fotos para esse trabalho tão importante..bom se voce não ve problema nenhum em fazer isso, vou lhe dizer uma coisa..isso é amor..s2 ;) ( baseado em fatos reais)

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  2. Discordo da frase, amiga. Não acho que seja fácil dizer "eu te amo", assim como não é fácil amar de verdade. Eu não saio falando "eu te amo"... posso contar nos dedos as pessoas que já ouviram de mim. E não to falando só de relacionamentos, mas de pai, mãe, amigas/os e também os namorados. Não sei se isso é bom ou ruim, mas tenho sempre muita cautela e realmente não me precipito a dizer "eu te amo" pra ninguém.

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  3. Quem inventou o amor, me explica por favor... amooo essa musica, e ela definitivamente tem um significado muito forte na minha vida. ótima escolha Aline!! Falar é fácil, as consequencias é que são dificeis. Quando vc realmente abre seu coração e deixa alguem entrar, é a maior escolha da sua vida. Voce opta por deixar de ser só, e passa a ser um conjugado, um casal, o "eu te amo" traz pra sua vida uma nova visão de todas as coisas. O amor é para cada um aquilo exatamente que representa, e isso tem muito haver com o tipo de amor que vc recebeu quando criança, suas escolhas desde o nascimento levam você a amar de certa forma, de expressar o amor de forma diferente, ou igual. Dizer "eu te amo" é apenas o começo de algo muito maior, que esta, ou deva estar, por vir. Demosntrar o amor é muito mais valioso e importante do que falar. A juventude usa essa expressão como forma única de sentimento,mas muitas vezes você descobre que é possivel amar muitas vezes, amar muitas pessoas mas que smepre existirá um AMOR MAIOR!

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  4. Deni eu também sou assim, "eu te amo" não é bom dia! São raras as vezes que eu digo, mas se digo é pra valer, é porque tenho certeza do que sinto! Só que infelizmente tem mta gente por aí que fala sem pensar, que não reflete antes de se expor, de criar esperanças em outras pessoas, sem nem mesmo saber se sente o que diz sentir ;)
    Bjs

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  5. BAh! Lindo texto Aline! Me ajudou a refletir sobre o assunto. Concordo bastante contigo, não só o amor, mas a vida é feita de escolhas. Beijo, Lú Duarte!

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