Este blog surgiu entre conversas de “buteco”, depois de tanto ouvir as amigas falando sobre desilusões amorosas, aventuras e desventuras sentimentais, trabalhos problemáticos, destinos incertos, “amigas da onça” e demais blá, blá, blás relacionados às incertezas da vida. Resolvemos botar pra fora! Escrever um livro!! Mas... na falta de um editor que compre nossas idéias, um blog é um bom canal pra falar sobre todos esses assuntos e compartilhar com todas as gurias as agruras de sermos mulheres bem resolvidas, no séc. XXI. Sintam-se à vontade gurias e guris pra comentar os assuntos e dar sugestões!!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Butequeira da Rodada: Mariana!!!

Acho que das coisas de mulher forte, moderna, que trabalha, cuida da casa, malha, tem que ser feliz com o homem perfeito, tem que querer ter os filhos perfeitos, o que mais me incomoda é a noção de corpo perfeito. Como se alguém que faz tudo o que fazemos tivesse tempo e condição de escolher o sutiã certo ou vestir um body pra barriga ficar menos evidente naquele vestido 42 que tu comprou pra não admitir que veste mais do que isso.
Então vai lá, é melhor acordar e descobrir que Deus passou a noite te trabalhando no photoshop e viver essa fantasia ou curtir uma realidade de peitos e barriga murcha mas com Sury e Tom Cruise?















http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL1667697-9798,00-BIZARRO+KATIE+HOLMES+EXIBE+BARRIGA+MUITO+ENRUGADA+EM+DIA+DE+PISCINA.html


Eu sei que o que vou falar é feio, mas gurias, é nessas mulheres que encontramos
nosso termômetro de beleza?
Eu sei que é cruel tanto te-las nesse lugar quanto apontar que elas não merecem
estar, mas enfim, não merecem? Essa aí teve a bebê mais linda do mundo e essa
barriga e esses seios caídos são porque ela teve aquele docinho. E mais do que
isto, porque ela não se meteu em cirurgias e situações arriscadas pra inflar os
peitos e tirar umas pelanquinhas.
Claro que pensei "prefiro meu barrigão e meus peitões a ser essa magrela
pelancuda", que o tom estaria melhor comigo, hehehe, mas aí parei e pensei que
ela é só uma mulher, como nós.
Nunca foi fácil aceitar meus defeitos e não vou ser hipócrita de dizer que vendo
essa foto percebi o quanto fui boba até agora e que agora eu me aceito e me
vanglorio de ser quem sou. O Caralho que a barriga da Katie Holmes me levou pra
nuvem rosa. Mas só de pensar na enxurrada de sacanagens que vão escrever contra
ela nos próximos dias, resolvi pensar que nossos termômetros de beleza podem ser
menos sensíveis.

Mariana Neumann, Msc.
Arqueóloga

domingo, 17 de julho de 2011

Cabelos femininos


Que luta. Sim, é exatamente assim que defino o dia a dia das mulheres com seus cabelos. Não conheci até hoje nenhuma mulher que fosse capaz de dizer “sou feliz com meu cabelo exatamente como ele é.” E isso pelo simples motivo, de que nós mulheres somos eternas insatisfeitas, nada em nenhum momento está exatamente perfeito, pode parecer meio piegas, mas essa eterna insatisfação faz das mulheres os seres mais mutáveis da Terra.
Minha guerra com meu cabelo começou cedo, muito cedo segundo os relatos de minha mãe, descobri que aos doze anos havia solicitado aos meus pais meu primeiro alisamento, nome dado nos tempos áureos para a futura escova progressiva, claro, sem o formol e outras relíquias tecnológicas da bioquímica. Claro, seria eu mais uma jovem pré adolescente em pé de guerra com seus lindos cabelos cacheados, e que teimosamente persistiam em não ter pouco volume.
Após a primeira tentativa, fracassada, já aviso, pois aqueles produtos faziam tudo no meu cabelo, deixavam ele fraco, opaco, sem definição, tudo, menos liso. Fiz mais uma ou duas tentativas, todas fracassadas. Parti para a cor, não satisfeita com as bombas químicas jogadas a bel prazer, fiz mechas, largas, finas, nas pontas, no meio e onde mais pudessem aparecer, tudo para tentar ser um pouco diferente do que eu era.
Cabelos meio loiros, ruivos, avermelhados, meio roxo ...ufa, cansei, cansei mesmo... voltei a minha cor original, que era?? Ahh sim cabelos pretos e cacheados... ah se eram cacheados...
Decidida a dar uma reviravolta na minha vida, aos 18, 19 anos parti para o corte. Cortei os cabelos curtos, curtinhos mesmos tudo para comemorar a formatura do colégio e a minha entrada no mercado de trabalho. Foi um choque, para a família, os amigos, muito choro e lamentação pelos cachos caídos ao chão, mas já estava feito e eu com minha certeza juvenil de que cabelo sempre cresce.
Esse período pós-corte é que foi o mais marcante... nossa como demora pra crescer o cabelo, que paciência, que guerra diária para acertar as pontas, para esperar acertar um novo corte, para segurar outras tesouradas futuras, para manter a auto estima.
Como tudo na vida, o tempo passa e cura todas as dores e principalmente as esperas, enfim o cabelo cresceu, os cachos voltaram e a idade, ela que sempre traz algum tipo de amadurecimento, me fez aceitar meu cabelo cacheado, com todas os cuidados e atenção que eles precisam.
Não foi fácil, e como mudanças no cabelo fazem parte da minha evolução feminina, hoje, cansada dos trabalhosos cachos, sou uma mulher progressiva, sim sucumbi à escova progressiva e admito, ainda não estou feliz. Embora o trabalho seja menor, os cuidados são mais simples sou refém do secador de cabelo, que adora aquecer os meus neurônios para que meu rico cabelinho fique mais liso, mais baixo e menos rebelde, como eu disse no inicio somos eternas insatisfeitas além da pequena fortuna que foi gasta nestes anos todos, sinto-me feliz por estar insatisfeita, somente assim posso dar-me ao luxo de ser a cada tempo uma nova mulher.
Admito que rezo todas as noites para a Nossa Senhora do Cabelo Danificado, pedindo força e proteção aos meus queridos fios e que eles resistam por toda a minha vida.
Amém.
 Vanessa.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Aperitivo pro final de semana!

E aí pessoas?!






Minha dica pro findi que está começando, vem da infância: tá rolando no Shopping Iguatemi Porto Alegre uma exposição sobre o "O Pequeno Príncipe"!!


 Aí está o link: http://www.iguatemiportoalegre.com.br/pequenoprincipe/

Quem não leu este livro quando era criança?
Eu li! E mais de uma vez, até!! De tão fã, tenho o livro em edição normal e pocket (rsrsrrsrs).
Não sei se toda minha admiração pelo Exupéry se dá pelo fato dele ser também um canceriano, nascido em 29 de junho (como euuuu!!!!!), e isso me fazer gastar hoooooras imaginando como ele era, ou se foi a misteriosa e estranha morte dele....ou simplesmente, porque o livro é mesmo mesmo meeeeeeeeeeeesmo absolutamente simples, mas totalmente profundo e marcante!!
Acho que vale a pena dar uma passada por lá, pra quem estiver em Porto. A exposição vai até dia 28 de julho... tem tempo.

Eu já to fazendo esquemas de como vou convencer minha irmã a liberar meu sobrinho....uhuhuhuhuh

Enfim, FICA A DICA!

Ah! Pra recordar, não se esqueçam de que "o essencial é invisível aos olhos" e que "é preciso que eu suporte 2 ou 3 larvas se quiser conhecer as borboletas"... 


Bjs,
Aline

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O perdão


Palavra tão forte e redentora, e às vezes usada de forma indiscriminada hoje.

Quero falar sobre todos os perdões dados dia a dia. A cada palavra rude, a cada gesto ou atitude fora do esperado pedimos perdão, a cada erro, a cada infidelidade, pedidos e mais pedidos de perdão. A vida tem se resumido a erros e acertos e a muitos pedidos de perdão. O perdão não pode ser somente uma dádiva divina, ele tem que vir do coração, é como o pedido de desculpas quando você não desculpa uma atitude um ato de outrem você acaba condenando alguém a viver carregando uma culpa sem tamanho, culpa muitas vezes desproporcional ao fato, será que nós, reles humanos muitas vezes desprovidos de real consciência dos nossos atos, somos tão capazes de julgar e condenar alguém a carregar um fardo? Se para todas as coisas da vida existem dois pesos e duas medidas, nossas ações também merecem ser diferenciadas. Você não é obrigado a perdoar a todos, mas tem a obrigação de avaliar suas ações, se perdoando pelos erros e descompassos que comete diariamente.

Os erros são comuns, pessoas erram o tempo todo, e cabe a nós aprendermos a perdoar, a desculpar e seguir em frente. Não é uma tarefa fácil, acreditem, requer com certeza uma ótima dose de paciência e de perseverança.
Não estou dizendo a vocês que tudo o que acontece deve ser perdoado, não mesmo, só afirmo que cada um tem o seu tempo de perdoar, os acontecimentos da nossa vida não podem ser alterados, mas eles devem ser superados, como uma forma de crescimento, perdoar também é um ato de superação muita mais pra quem perdoa do que propriamente para quem é perdoado.
Perdoar não significa esquecer, o ato de desculpar alguém não apaga, e talvez nem diminua o que aconteceu, mas dá uma grande chance à recuperação, e isso é muito importante.
Não sei até que ponto o perdão poderá mudar sua vida, mas assim como tantas outras ações que temos de pôr em prática para sermos pessoas melhores, vale a tentativa...

Um grande abraço! E até a próxima.

Vau Dörmann

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Aperitivo

Galera, sugiro um passeio na Casa de Cultura Mário Quintana. Além de visitar nosso querido, amado e fofo poeta gaúcho, sempre tem algum teatro, cinema, música rolando e "de grátis" por lá!
Segue:
http://www.ccmq.com.br/index.php
Divirtam-se!!
Bjos

domingo, 3 de julho de 2011

Transpondo as montanhas da vida

Depois de passar um final de semana muito longo, superando mais alguns desafios, resolvi compartilhar com vocês esse texto, de minha autoria, que foi publicado em dezembro do ano passado, no Jornal Vale dos Sinos, e que relata uma experiência ímpar que eu vivi:


Certa vez, numa excursão ao Rio de Janeiro, me deparei com uma montanha (na verdade era um morro bem íngreme, mas para mim tinha a imensidão de uma montanha), que me parecia impossível de escalar. Então sentei ao pé da montanha – logo na primeira inclinação – e disse para meus amigos seguirem adiante sem mim, pois certamente eu iria cair e nosso passeio terminaria no hospital. Então, um de meus companheiros, usando uma boa psicologia, sentou ao meu lado e disse que se eu não fosse, ninguém iria, pois éramos uma equipe e todos deveriam estar juntos. Eu ainda tentei argumentar que não era preciso desistir por minha causa, que eu conhecia meus limites e que realmente seria impossível eu chegar ao topo daquela montanha. Meus amigos já começavam a descer, quando eu olhei para a face deles e vi a decepção de não poder fazer aquela aventura. Puxa, pensei, tudo isso por minha causa. Me questionei friamente, se, de fato, seria impossível eu escalar a tal montanha. Se tantas pessoas já o fizeram, eu também poderia. Foi aí que resolvi tentar, procurei dentro de mim toda a coragem – e uma boa dose de loucura – e comecei a subida.
O caminho foi árduo, minhas pernas tremiam o tempo todo. Eu não podia olhar para baixo e ver a altura em que me encontrava, mas ao mesmo tempo, quando olhava aquela paisagem: a montanha, a mata, o mar e o céu azul, os via de um ângulo privilegiado, via detalhes que só estando ali para perceber. Ao receber aquela recompensa, sentia mais coragem, mais força para seguir adiante.

Quando chegamos no topo da montanha e, finalmente, consegui sentar e relaxar, curtindo minha garrafinha de água e a linda paisagem, me dei conta que tantas vezes cometi o mesmo erro: parei diante dos problemas, sem coragem de seguir em frente, porque achava que não seria capaz de vencer os obstáculos que a vida me propunha. Quantas oportunidades desperdiçadas pelo medo do desconhecido?! Tudo por não acreditar no meu potencial!
Após um período de contemplação, mais curto do que eu gostaria, começamos a descida. Eu ainda tinha medo, mas já me sentia muito mais forte e segura e o melhor, tinha na boca aquele gosto doce da conquista, da superação. Após esse dia decidi que nunca mais pararia diante de um novo desafio por pensar que eu não era capaz. Se a vida me apresentasse algo novo, uma outra montanha intransponível, eu aceitaria e tentaria de todas as formas vencer!
Foi assim, acreditando que, se eu realmente quisesse, tudo poderia, que consegui trabalhar num navio de cruzeiros durante mais de 8 meses, conhecendo países que sempre sonhei, visitando lugares que pareciam distantes da minha realidades. Fique longe de todos que amava, mas mais uma vez superei minha insegurança e medo. Bom, mas isso já é outra historia que contarei em momento oportuno.