Este blog surgiu entre conversas de “buteco”, depois de tanto ouvir as amigas falando sobre desilusões amorosas, aventuras e desventuras sentimentais, trabalhos problemáticos, destinos incertos, “amigas da onça” e demais blá, blá, blás relacionados às incertezas da vida. Resolvemos botar pra fora! Escrever um livro!! Mas... na falta de um editor que compre nossas idéias, um blog é um bom canal pra falar sobre todos esses assuntos e compartilhar com todas as gurias as agruras de sermos mulheres bem resolvidas, no séc. XXI. Sintam-se à vontade gurias e guris pra comentar os assuntos e dar sugestões!!

terça-feira, 29 de maio de 2012

Quase 30




Complementando os últimos post do mês, resolvi escrever sobre um assunto controverso.
Idade. Calma!! Não é tão perturbador assim...
Particularmente nunca tive grandes problemas com a idade, lembro-me de aos 15 anos torcer muito para fazer 18, depois para fazer 21. Aos 21 anos completados, deparei me com a velocidade impressionante com a qual a idade voou.
Num piscar de olhos sai dos 21 para os 25 e para meus atuais 28 anos, jurooo, acho que não comemorei por falta de tempo mesmo, não lembro das festas... foram tão rápidas....
No mês das noivas, no mês das mães, é praticamente impossível  não pensar na idade, ainda mais estando solteira, aos 28 anos já completados.... e praticamente completos.. hihihi
Admito. Sou quase balzaquiana, mas não vejo isso como algo pejorativo ou vergonhoso. O fato é que a idade já avançada do período pós-adolescência trouxe-me novas perspectivas, em todos os sentidos – trabalho, estudos, relacionamentos, convivência familiar, estima...
Você passa a se auto afirmar, tem certeza da sua competência no trabalho, mesmo que ainda não seja o trabalho dos sonhos. É provável que você já tenha se formado, ou esteja em vias de, mas já tem mais certeza da sua opção e consegue visualizar novas empreitadas para dar seguimento à qualificação profissional ou mesmo pensar em recomeçar em algo novo.
Sou um ser um ser humano melhor, e isso com todos. Na família desenvolvi um pouco mais de paciência, fator determinante para evitar discussões e brigas. Maior tranquilidade no ambiente de trabalho, segurança e firmeza nas decisões. Você começa a ter certas percepções da vida, das pessoas ao seu redor, e começa a aprender a lidar melhor com seus defeitos, os defeitos dos outros, as coisas as quais você não consegue mudar e principalmente aquelas que você deve mudar.
Com quase 30 você adquire certa independência. Financeira e até emocional. Você não entra mais em relacionamentos só para não ficar sozinha, salvo raras exceções, estar sozinha com quase 30 não é sinônimo de “solteirona”, mas sim de que você aprendeu que solidão é mais um estado de espirito e  que estar sozinha não é o mesmo que ser sozinha. Aprende que para estar junto é preciso muito mais do  que compartilhar gostos em comum e que  cumplicidade só se consegue com o tempo mesmo. Você aprende que dá pra ser feliz desacompanhada, que é preciso gostar muito mais de você mesmo do que dos outros. E que o amor acontece quando a gente menos espera.... FATO!
Você, com quase 30, com certeza também esta mais bonita, em todos os sentidos. Você já aprendeu a se cuidar, sabe exatamente o que te engorda e o que te faz emagrecer. Aprendeu que o seu quadril largo tem muitas vantagens, que você pode sim, chegar num gatinho na balada na maior tranquilidade e que é possível ser muito sensual mostrando pouco, com muita atitude...
A segurança de quase 30, penso eu,  só vai ser superada com meus quase 40. Ai sim, terei certeza de que a idade, ao menos para algumas mulheres só fez bem.
 Tenho muitos planos a realizar – casar, ser mãe, comprar uma casa, fazer um mestrado...  os quais espero já estar encaminhando, engatinhando talvez... Plenitude dos quase 30!
Observe suas amigas quase 30, você verá como elas se tornaram mulheres fantásticas, e tenho certeza de que isso  vai melhorar ainda mais.
Os quase 30 são o seu momento. E os 30 também serão. Aproveite essa fase da sua vida se você assim como eu, também esta quase . E se não esta, não se preocupe.... o tempo passa voando, arrume um jeito de aproveitar também!
E para trazer boas lembranças e risadas... cena mais que dançante de De repente 30! Quem nunca dançou ao som de Thriller que atire a primeira pedra!

Beijosss e até a próxima.



segunda-feira, 21 de maio de 2012

Acaba logo, Maio!!


    Vou confessar pra vocês que eu ando me sentindo meio depressiva neste mês de maio. É, está tudo tão down, que estou rezando pra ele acabar e eu poder voltar a olhar o meu facebook sem entrar na neura! Explico: vocês já viram a quantidade de pessoas que se casam/casaram/casarão em maio? Jesus Cristo! Acho que a metade da minha lista de amigos do face se casou nesse curto período (e olha que ainda estamos no dia 21!!).
    Ok, ok! Eu sei que maio é considerado o mês das noivas, mas que besteira de tradição! Só porque uns porquinhos na idade média, láááá no hemisfério norte resolviam tomar banho e casar nessa época ou porque uns católicos resolveram destinar o mês de maio às mães e às mulheres em geral, não quer dizer que haja alguma coisa mística em torno deste mês! Hello! Ainda temos mais 11 simpáticos meses pra fazer um casório feliz!
    Voltando à depressão, eu fiquei então refletindo, pensando, lembrando e Tcharam! I realized!! Eu estou na época dos casamentos! Claro! Sabe aquela idade da sua vida e da vida dos seus amigos que todo mundo faz a mesma coisa? Tipo, todo mundo faz aniversário de 15 anos, batalhão de festinhas, todo mundo se forma na escola, batalhão de formaturas, todo mundo se forma na faculdade, mais um monte de formaturas e, aí, na sequência lógica, todo mundo se casa!
    Não que eu seja contra casamentos, bem capaz! Que sejam felizes forever! Mas me angustiou um pouco, porque esses rituais trazem pra gente “o tapa na cara da idade”. Alow, você está com quase 30, quando vai pensar em casar e ter filhos? Help! (lembrei tanto daquela música dos Beatles! Um Heeeelpplease!)


    Quem me conhece há muito tempo deve estar achando bizarro este post, ainda mais na parte que eu admito que penso em casar! Ok! Confesso, faz uns anos que abandonei minha postura hippie avessa a casamentos e tudo mais que me prendesse a outro alguém. Mas é que de repente a produção independente me pareceu meio solitária demais, e a ideia de dividir as escovas com alguém ficou mais aceitável. Fazer o que, coisas da vida! Graças a Deus temos a oportunidade de mudar de ideia sempre (como já disse a amiga Pati Gastmann no post de 06 de maio).
    Enfim, o fato é que quando maio começou, logo no primeiro final de semana, já tinha lá atualizações de, pelo menos, dois casamentos, então no outro findi, mais uns dois ou três e nesse final de semana mais um!!! Fora os pedidos de casamento que foram super anunciados!! Deu uma zica, comecei a fazer contas sem parar e quase liguei pro meu namorado pedindo ele em casamento... (calma gurias, eu não fiz isso)
    Malditas redes sociais que fazem isso com a gente! Despertam vontades e criam pressas desnecessárias, de coisas que a gente nem estava pensando tanto assim, mas daí vê todo mundo lá e começa a achar bonitinha a coisa, começa a imaginar como seria a sua vez e... pronto! Caos formado! Também quero brincar disso, manhê!! Bem ao estilo Friends, naquele episódio com as três loucas usando vestido de noiva:


    Mas então a loucura passou, voltei ao normal, lembrei que cada um tem um ritmo respira e que eu já abandonei faz tempo essa coisa de todo mundo fazer tudo ao mesmo tempo relaxa, de se encaixar nos padrões calma, blá, blá, blá... Dá um tempo facebook, você não vai criar essa urgência em mim! O mês já está acabando e agora só no ano que vem!

    Bom, pra terminar, só queria parabenizar as casadas e lembrá-las do que acabaram de se livrar:



domingo, 13 de maio de 2012

SER MÃE



Há algum tempo eu tinha plena convicção de que a maternidade não faria parte da minha doce e serena vida daquele momento. Após alguns anos, conforme também a maturidade foi aprimorando-se, comecei a cogitar a hipótese, mas não sem muitas dúvidas a respeito. Hoje, posso afirmar com quase total certeza que quero passar por essa experiência. 
Engraçado como as coisas mudam com o passar dos anos. Afirmava categoricamente, cheia de mim, que não queria ser mãe de jeito nenhum e como fui resistente à mudança dos meus sentimentos sobre isso. Não sei se são os hormônios ou a maturidade que vem chegando e com ela o instinto maternal.
Confesso que ainda tenho uma certa duvidazinha (por questões externas à maternidade em si, como financeira, social, etc), lá fundo, mas ela passa quase que despercebida.
Esse final de semana foi muito especial. Primeiro, porque passei com a minha mãe, que é o doce mais doce, o perfume mais suave, o presente mais precioso que eu tenho. Segundo, porque, além da minha mãe, estava reunida com todas as tias e algumas primas, todas mães e pude perceber o orgulho, a saudade e a ternura de cada uma com seus filhos, mesmo aquelas que não estavam com eles perto.
Aquela máxima “ser mãe é padecer no paraíso” deve ser verdadeira. Talvez quando eu for entenderei algumas coisas, pois há certas atitudes que, para mim, hoje, são inconcebíveis, há perdões, imperdoáveis, há gestos incompreensíveis. Por isso, quando escuto minha mãe dizer “quando você for mãe, você vai entender”, fico sem resposta.
De imediato me vêm à cabeça que não é assim, que eu não vou aceitar as coisas daquele jeito, que eu não vou fazer isso ou aquilo, mas depois percebo que o amor de uma mãe é maior que os erros que nós filhos podemos cometer. E assim explicam-se tantas coisas.
Por esse amor absoluto e incondicional, só quero dizer a minha mãe que a amo muito e que ela não poderia ser melhor do que é, e, quero desejar, também, um feliz dia para todas as mamis!
           Beijão a todas!

Segue um poeminha do querido Mário Quintana:
Mãe... São três letras apenas

As desse nome bendito:
Também o Céu tem três letras...
E nelas cabe o infinito.

Para louvar nossa mãe,
Todo o bem que se disse
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer...

Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do Céu
E apenas menor que Deus!

Mãe.

domingo, 6 de maio de 2012

Butequeira da Rodada: Pati Gastmann!


Pra repetir o super sucesso de seu post anterior, Pati vem arrasando nesse novo texto. Curte só!


Nunca diga nunca


Patrícia Gastmann


Sempre fui adepta de criticar somente após experimentar. Mas mesmo assim tem coisas que nunca iria fazer, outras que nunca iria comer, e outras ainda que nunca iria usar. E falava em alto e bom tom, com autoridade e convencida que nem sob o meu cadáver.
            Um belo dia conversei com uma menina que eu nunca tinha ido com a cara. Coisa do destino, porque jamais iria puxar conversa com aquela loira-oxigenada-convencida-falsamagra-forademoda, e não é que ela puxou assunto comigo. Respondi com cautela, mas logo me entreguei ao bate-papo e nem doeu. Uma querida, quando preconceito meu.

Com a cor roxa aconteceu assim, nunca antes vista no meu armário, me remetia a cor de bruxa e logo a algo tenebroso. Foi só ela entrar na moda e estampar todas as vitrines da cidade que lá fui eu comprar minha primeira blusa roxa. Caso de vida ou morte, não poderia mais viver sem algo roxo no armário. Isso aconteceu com o marrom também, admito. E o meu cabelo, bom esse era virgem, e iria morrer sem experimentar o pecado das tintas. Após muita resistência me entreguei as mechas loiras. E cuidado isso vicia, já estou planejando a próxima coloração.
            Lembra na adolescência, quando o maior mico era quando os pais nos largavam na frente da festa, e a gente pensava que nunca iria fazer isso com nossos filhos. Hoje parece impossível, como saber se seu filinho entrou mesmo na festa, se chegou são e salvo ao destino. Deixá-lo na esquina? Nem pensar, tem muitos marginais por aí. Como mudamos com o passar dos anos.
   E tem ainda aqueles nunca carregados de pessimismo. Sempre achei que nunca iria usar tamanho P, estava eternamente fadada a pedir o tamanho G, e caso não tivesse, bom, daí era sair da loja e me conformar. Muito tempo depois me vejo usando uma blusa tamanho P e uma calça 42, quem diria.
Depois que aprendi que mudar de ideia não era crime, me libertei. E achei tão digno isso de mudar de ideia, quer atitude mais carregada de reflexão, humildade e de sabedoria.  Repito a frase do Barão de Itararé (conforme google) “Triste não é mudar de ideia. Triste é não ter ideia para mudar.” É tão lógico, alem de filosófico.
            Hoje quando escuto alguém dizendo a palavra nunca, sinto pena. Pena de tudo aquilo que ela vai deixar de aprender, de sentir fazendo, pena do pessimismo. Pobre alma se limitando em vida, não se permitindo umas das coisas mais gostosas da existência... experimentar! O gosto doce do desconhecido, tudo bem às vezes amargo e ruim como gosto de alguns legumes que nunca, quer dizer, espero não sentir mais o gosto.