Este blog surgiu entre conversas de “buteco”, depois de tanto ouvir as amigas falando sobre desilusões amorosas, aventuras e desventuras sentimentais, trabalhos problemáticos, destinos incertos, “amigas da onça” e demais blá, blá, blás relacionados às incertezas da vida. Resolvemos botar pra fora! Escrever um livro!! Mas... na falta de um editor que compre nossas idéias, um blog é um bom canal pra falar sobre todos esses assuntos e compartilhar com todas as gurias as agruras de sermos mulheres bem resolvidas, no séc. XXI. Sintam-se à vontade gurias e guris pra comentar os assuntos e dar sugestões!!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Noite de Ano Novo

Ola! Não, eu não vou falar do filme Noite de Ano Novo (http://www.youtube.com/watch?v=UaBSN_Hu87k) que está passando nos cinemas. Apesar de tê-lo visto e de ser bem bonitinha a mensagem, eu não recomendo, é comercial demais, não vale o ingresso (#prontofalei!). Pretendo falar da noite de ano novo de verdade, afinal, esse é o último post do ano ou o primeiro do ano que vem, como preferirem.

Como estão os preparativos pros festejos de ano novo? Dia desses, numa jantinha entre amigas – daquelas que as gurias organizam pra dar risada e filosofar sobre relacionamentos – chegamos à conclusão de que as “viradas de ano” estão cada vez mais sem graça, já que nós não temos mais pique pra mega festas e dificilmente conseguimos juntar uma galera, porque que nem sempre as amigas estão de férias. Fora que não temos mais paciência pra fazer tooooodas aquelas simpatias da meia noite (mas a roupa da cor certa continua valendo!) e já não esperamos muita coisa do ano “que vai nascer”.
                Uma das hipóteses levantadas pra esse desânimo foi a de que a maturIDADE está nos deixando assim, menos iludidas com a noite de ano novo. Depois que entramos na casa dos vinte, parece que a coisa foi perdendo a graça. Pois é, pensa só, não há nada de muito excepcional, muito menos milagroso nessa troca numérica: sobe uma casinha, chega outro mês e tcharam! Ok, ok, não quero generalizar, muito menos deprimir ninguém! Adoro noite de ano novo, por mais que eu tenha consciência de que não há mágica, há sempre uma esperança, as pessoas ficam mais animadas, rola aquela energia positiva.
Antigamente, na época escolar, acho que esperávamos mais da virada do ano, pelo que ela representava: uma nova série pra cursar (no caso de alguns, a mesma série pra cursar) e se livrar do colégio, novos colegas que iríamos encontrar, além de novos direitos que estavam por vir, tipo, direito de sair pra dançar no sábado à noite, direito de ir ao cinema com as amigas, direito de viajar com a turma... Enfim, conquistas que pareciam muito, quando o máximo que tínhamos era a mesada dos pais.
                Já passei por algumas quantas noites de 31 de dezembro e, pelo que me lembro, elas foram, na sua maioria, bem pacatas, com a família e amigos. Claro, todo mundo tem aquela virada de ano inesquecível, daquelas que contamos pras amigas na mesa do bar e todo mundo se mata rindo. Eu também coleciono as minhas exceções: já passei virada de ano dentro do copo e dentro do mar, já abracei amigos e também desconhecidos, já fiquei presa no trânsito e briguei com namorado, já passeio chorando de alegria e de tristeza, já passei dormindo confortavelmente, mas também no posto médico tomando soro (abafa o caso!!). Não vamos enumerar todas pra não entregar a idade!
                Esse ano (que, pra variar, passou voando), eu deixei a coisa acontecer e, por enquanto, a virada do ano está prometendo (positivamente). Na minha wish list só há o desejo de boa companhia, boa comida e bebida gelada.... Nada mais. Tá, tudo bem, confesso, minha lista é um pouco maior, até porque a mudança de ano é sempre uma desculpa que damos para adiar determinadas coisas em nossas vidas, tudo vai ficando embolado, esperando aquele maravilhoso e promissor ano que chegará e na noite de ano novo abrimos nossas listas quilométricas e “decidimos” que no ano que inicia não vamos deixar de fazer nada. É, somos assim. Eu sou assim! Admitamos.
                Enfim, através de um árduo treinamento e de boa dose de ansiedade crônica, eu tenho conseguido realizar as mudanças que desejo ao longo do ano, sem “empurrar com a barriga”.  Na minha wish list, não tem muita coisa e olhando pra esse ano que passou, cheio de reviravoltas (e como!), não posso deixar de agradecer pelas conquistas que tive e pelas pessoas que apareceram na minha vida. Eu não ganhei na loteria, não passei em nenhum concurso público, ainda não consegui o emprego dos meus sonhos e estou terminando o ano com a conta bancária no vermelho, mas e aí? Eu to viva, tenho saúde, pessoas legais ao meu lado e força, muita força pra seguir adiante e não deixar nada pra depois.
                Sendo assim, na minha listinha pra 2012 tem muita vontade de que as pessoas sejam mais verdadeiras, que haja menos interesses e mais fraternidade. Chega de tentar agradar todo mundo. Desejo ser menos explosiva e impaciente (quem sabe assim eu fico com apenas uma úlcera), mas também desejo não me calar diante das injustiças da vida, ser mais caridosa, comer menos... Tá, eu não sou a Pollyana e nem pretendo me tornar a justiceira, só estou fazendo um exame de consciência, tentando me livrar dos maus hábitos e colocar no lugar deles alguma noção de cidadania, de irmandade.  To bolando uma forma de nunca mais magoar todas as pessoas que eu amo (hard!).
               
                Bom, minha lista segue, e a tua? Já ta pronta? Qual é a tua lista de desejos pra 2012 e pra agora? Afinal não precisamos esperar o clima auspicioso da virada do ano pra começarmos a mudar nossa vida. Lembrei de um pensamento atribuído ao Drummond, que diz mais ou menos assim: para sonhar um ano novo que mereça este nome, você tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente (...). É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre! Todo dia pode ser um ano novo!

De tanto falar em wish list, lembrei de uma das minhas músicas favoritas do Pearl Jam! Lá vai, quem sabe te inspira ;)



Abraços e feliz 2012!!

domingo, 25 de dezembro de 2011

Perdão

Mais um Natal chegou, mais emoções afloraram, mais palavras bonitas foram ditas. Poder postar um texto nesta data no blog é, pra mim, um grande presente.
Esse ano foi um ano muito difícil em vários sentidos para mim, mas foi também uma grande bênção, porque descobri o perdão.
Sinceramente, achei que eu nunca seria capaz de perdoar (de verdade) alguém.
Depois desse milagre em minha vida, entendi que o amor e o perdão andam juntos. Um não existe sem o outro. E o tempo, ah o tempo, ele é o senhor de tudo.
Para nós meros mortais, o perdão não acontece de uma hora para a outra (pelo menos não comigo). É preciso acalmar o coração, deixar os ressentimentos e rancores ficarem murchinhos... como uma flor sem água e depois regar só com sentimentos bons, boas lembranças e amor, muito amor.
O perdão enobrece a alma, nos torna capaz de entender o perdão dos outros (que antes achávamos tão impressionante – ou duvidávamos), nos possibilita acreditar na vida.
E é com o coração e a alma leves, que agradeço a cada pessoa que faz parte da minha vida. À minha família, aos amigos, colegas, pela força, amor, amizade e companheirismo.
Desejo que todos consigam perdoar e viver de coração leve nesse próximo ano.
Um Feliz e Abençoado Natal para todos!
“O perdão não muda o passado, mas engrandece o futuro e nos liberta para o amor.”

domingo, 18 de dezembro de 2011

Butequeira da rodada: Carol!


PORN


Semana passada dei de cara com a revista Gloss (coisa de mulherzinha!) do mês e confesso que fiquei chocada com o título de uma das matérias:
IMAGEM
Transcrevendo: “Por que os HOMENS amam vídeos pornô (e por que A GENTE não lida bem com isso).” Ora, pois. A GENTE, quem? Às vezes fico louca com comentários desse tipo, visto que tanto se fala na tal “mulher moderna”, cheias de atitude, que hoje prezam por seus direitos e blá-blá-blá, mas ainda tem medo de filme pornô? Além disso, a matéria fala que Uma pesquisa revela que 98% dos homens consome vídeos de sacanagem – e que 65% das mulheres terminariam o namoro se descobrissem que o parceiro faz isso.” (http://gloss.abril.com.br/blog/clube-da-leitora/edicao-50/xo-porno/#comments).
Contudo, não quero julgar as mulheres que, por ventura, simplesmente não acham “graça” nesses filmes, mas será que tanta modernidade, tanta busca por direitos iguais perante os homens, não valeram para se conseguir um pouco de direito também sobre sua própria sexualidade?
Enfim, eu vou falar por mim. Bato na mesa e digo: EU ADORO FILME PORNÔ. Assim mesmo, em letras garrafais. É óbvio que qualquer pessoa não muito virgem vai entender que aquilo passa longe da realidade. E eu vou dizer: mas é aí que está a graça! Ou agora se assiste filme e novela pra se entender como é a vida e a dureza do dia a dia? Nãããooo mesmo! Eu assisto pra ver “sangue nos olhos”, orgia, tapa na cara e tudo o que vier no pacote! Acompanhada? Melhor ainda! Do namor? Ooopa! Sexo com amor!! Uhuu! A chapa ta quente!
Só quero dizer com isso que a mulherada ainda carrega aquele carma herdado há long time ago, do receio e do silêncio. Realmente, não consigo conceber que esses 65% não consigam ao menos se divertir com um filmezinho a toa! Minha filha, aproveita e se joga com o broto! Pra que perder tempo na vida com essa coisa de pureza? Mulheres do meu Brasil, eu indico: assistam um pornozinho com seu amor e sejam felizes!
(Obs.: claro que esse assunto NÃO rodou pela mesa de nenhum botequinho, afinal, meninas não gostam disso, né?!!!)

Inspiração pro post: Rihanna - Rude Boy
http://www.youtube.com/watch?v=e82VE8UtW8A Parte superior do formulário

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O preço de um amigo



Vem chegando o final de mais um ano, época de abraços, memórias, reencontros e partidas. As festas aproximam as pessoas, famílias, os amigos...

Os amigos... quem não tem amigos? Quantos amigos você tem?
Dizem que os amigos são a família que nós escolhemos, eu concordo com essa afirmação, mas arrisco a acrescentar que são os amigos que nos escolhem. Sim, se você é amigo de alguém, essa pessoa te escolheu. O espiritismo falará ainda que amigos são nossas almas irmãs.
Mas estou falando de amigos, amigos de verdade. Admita, ao olhar ao seu redor você percebe que tem muitos conhecidos, alguns “amigos de baladas”, aqueles que servem so para as festas, um ou outro colega de trabalho que é quase um amigo mas amigos de verdade são poucos, contam-se nos dedinhos diria minha mãe; ela tem razão.
Amigo se define pelo dicionário, aquele que tem afeição, que inspira e gera confiança, amigo é aquele que ajuda, que quer bem ao outro. Amigo se define pelo tempo, não pelo tempo que vocês se conhecem, mas pela qualidade do tempo que passam juntos. Amigo é aquele que fica, quando todos se vão, quando todos vem, é aquele te apoia, mas não incondicionalmente, porque se você estiver errado um amigo de verdade vai te parar, vai lhe mostrar o erro e mesmo que você não fique feliz, ele ficará, pois fez a coisa certa.
Amigo é aquele que insiste, mesmo quando você desiste, desiste de você, desiste dos outros. Ele insiste pra que você levante, pra que você esqueça, pra que você supere, o amigo briga pra que você cresça.
Ele não conhece limites, nem os do mundo muito menos os seus, pelo contrário, testa-os sempre que possível, coloca-os a prova simplesmente para provar que você consegue mais.
Amigos não sentem ciúmes ou inveja, ao contrário sentem orgulho,alegram-se com nossas alegrias, vibram juntos, aplaudem sempre, quando você ganha ou quando você perde, choram quando as lágrimas insistem em cair em nosso rosto. Mas conseguem arrancar um sorriso, um suspiro, um alivio numa simples conversa.
Amizade não se disputa, se abraça, se você tem um amigo, ou dois ou quantos tiver a sorte de ter agarre-os. Agarre-os com toda a força que tiver e não solte, amigos não tem preço, porque não podem ser comprados, tampouco vendidos, são como tesouros raros e imprescritíveis.
Cultive melhor suas amizades, seja flexível, amável, seja um amigo irresistível. Cative, seja você e seja melhor, sempre.
Amizade não tem prazo de validade, aproveite o momento de festas, abraços e laços e dê um presente aos seus amigos, reúna-os, abrace-os, agradeça.
Se amigos são anjos de carne e osso, desejo que você também tenha a missão/benção de ser amigo de alguém.

Um beijão a todos, principalmente aos meus amigos queridos, que me fazem rir e chorar, e que me seja permitido dividir muitos e muitos momentos com vocês...

Até a próxima!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Você conhece a sua cidade?

O texto abaixo, foi escrito por mim e publicado no Jornal Vale dos Sinos, no ano de 2008, se não me engano. Semana passada, após participar de uma reunião sobre as modificações do Plano Diretor de São Leopoldo e ouvir um monte de abobrinhas de alguns moradores egoístas que estavam lá, imaginei que este texto caberia como reflexão para todos nós que nos queixamos da nossa cidade...



Gostaria de falar sobre um tema que me vem, cada vez que escuto uma pessoa criticando sua cidade. É engraçado como a cidade do lado parece sempre melhor que a nossa. Na cidade do vizinho sempre há menos lixo, os canteiros são mais bem cuidados, há mais oferta de lazer, mais infra-estrutura. Porém, o curioso, é que se formos à cidade do vizinho, ele estará fazendo as mesmas críticas sobre sua cidade e invejando a nossa.


Pôr-do-sol na Avenida São Borja em São Leopoldo
E por que isso acontece? Porque nos acostumamos com o local em que vivemos, com o tempo deixamos de reparar em todas as coisas belas que qualquer cidade tem a oferecer para moradores e visitantes, e lembramo-nos das coisas ruins que os jornais e o dia-a-dia agitado jogam a nossa frente. É incrível como rapidamente esquecemos aquele pôr-do-sol que assistimos da pracinha simpática ou aquela tarde agradável que passamos junto aos nossos amigos numa rua tão boa de estar. Acredite, a nossa cidade não é melhor que qualquer outra e tampouco pior. A imagem que fazemos dela é o nosso reflexo. A cidade é o que nós permitimos que ela seja aos nossos olhos e seu território termina onde termina nossa imaginação, nossa curiosidade. Se formos pobres de espírito, sempre teremos uma cidade suja, perigosa e com espaços públicos inóspitos para o uso.
Acredito que todas as cidades possuem espaços bonitos e que merecem ser visitados. Tudo depende do ponto de vista, dos sentimentos que nutrimos, da representatividade que alguns espaços têm para nós, depende mais ainda da nossa receptividade para com estes locais, novos e antigos.

Acampamento Farroupilha no Parque do Trabalhador em São Leopoldo
Se um amigo chega a nossa cidade, o que vamos mostrar para este visitante? O que você vai mostrar para seus amigos de outros lugares que vêm te visitar? Não podemos esquecer que eles vão conhecer a cidade através dos nossos olhos, e será que a conhecemos tão bem assim?
Sabemos que as grandes cidades, principalmente, não se permitem conhecer rapidamente por inteiro, por mais que se percorram seus territórios ou por mais domínio que se tenha do seu todo, nunca deixamos de nos surpreender com uma rua desconhecida ou um espaço novo, para ver a cidade por outro ângulo.
Te convido para olharmos a cidade com outros olhos, com olhos de estranhamento, olhos de um desconhecido. Faça um novo caminho hoje ao sair para o trabalho, surpreenda-se! Por que não se dar o direito de descobrir, de passear, de se apaixonar pelo local onde vivemos? Aprenda a ver sua cidade com mais atenção nos detalhes, acredito que este exercício seria salutar a todos nós.

Ponte 25 de Julho em São Leopoldo

domingo, 27 de novembro de 2011

A eterna insatisfação do ser humano

  
A eterna insatisfação do ser humano
Em um desses momentos que paramos um pouco para pensar na vida, fiquei lembrando de fatos meus, de amigas (os) e conhecidas (os) sobre como quase sempre estamos insatisfeitas. Em tudo, no amor, na profissão, com o corpo..
Eu sei que faz parte, de certa maneira nos faz crescer, correr atrás do que queremos, mas muitas vezes parece trazer uma angústia tão grande...
Se temos namorado, reclamamos de alguma coisa deles. Se não temos, reclamamos porque não temos.
Se temos um emprego bom (financeiramente falando), reclamamos da corja atrelada a ele.
Se temos um emprego ruim ou não temos um emprego, reclamamos por este motivo (nesse ponto acho justo, desde que vamos atrás de algo melhor).
Se temos um corpo legal, queremos ficar mais magra, mais malhada, com mais bunda, menos peito, uma boca maior, cílios maiores, cabelo liso, crespo, loiro, moreno (nem vou entrar nessa conversa, até porque já tivemos um post sobre eles).
Enfim, parece que tudo é motivo para reclamar. E isso enche o saco! Principalmente se convivemos com pessoas que fazem isso corriqueiramente.
Atendo-me um pouco mais na questão dos homens e dos relacionamentos em si, acredito que tudo não passa da razão de que o amor ainda não chegou. Porque quando ele chega, apesar das manias e chatices do outro, nós o admiramos e o respeitamos.
Acho que é simples assim.
Mas, enquanto o amor não vem, vamos nos divertindo com os “errados”. Rsrsrs Acredito que podemos aprender muitas coisas com eles. O problema é quando começamos a ser criteriosas demais. É nesse ponto que a eterna insatisfação entra como algo negativo.
A ponderação entre o não ser nada criteriosa e ser criteriosa demais é o ideal, como quase tudo na vida. O difícil é achar esse meio termo.
Dica? ...nenhuma...
Eu, “enquanto o amor não vem”, vou me divertir...
Hasta la vista!
 

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Butequeiro da Rodada !! Wagner Pehls


O protagonismo da mulher brasileira


‘’Pertence à mulher o dom de ensinar a arte da paz ao mundo em luta e sedento deste néctar’’. (Gandhi)

Ninguém tem dúvida que a mulher brasileira tem se tornando cada vez mais protagonista nos espaços e na sociedade. As mulheres têm ocupado espaços de referência no mercado de trabalho e está em todos os lugares: nas fábricas, campos, escolas, sindicatos, movimentos sociais e nos principais espaços de poder. Desde janeiro de 2011, o espaço político mais importante da nação - a presidência da república é ocupada honrosamente por uma grande mulher chamada Dilma Roussef – a primeira mulher presidenta do Brasil.
Vivemos um momento de emancipação na luta das mulheres. A partir da eleição da presidenta Dilma, mais do que nunca, as mulheres tem a possibilidade de construir no cotidiano das lutas, maiores espaços que garantam mais direitos pela afirmação de sua luta histórica. Quem diria que iriamos ver uma mulher no comando de nosso país? Não é verdade!? Quero dizer que isso significa um grande avanço. É extraordinário viver, participar e contemplar esse momento na história do Brasil.
É claro que todas conquistas são fruto de décadas de lutas. A emancipação das mulheres é fruto da resistência que passou por uma histórica caminhada. A organização das mulheres vem conquistando espaço e forjando alterações sociais em defesa de seus direitos.
Mas até que ponto essas conquistas chegaram? Ainda há muitas pautas importantes para debater e garantir reformas. É preciso discorrer sobre muitos outros assuntos para que toda a sociedade, em especial as mulheres – que foram por séculos vítimas de desrespeito gerado pela discriminação de gênero - continuem a transpor os abismos entre a lei e a realidade.
Hoje, mesmo tendo direitos conquistados, as mulheres precisam reafirmar suas lutas, porque há sempre o risco do retrocesso. Certamente ainda há muito a ser feito: é preciso romper com as cifras alarmantes da violência física e dos maus tratos, romper com o sofrimento, com o medo, desamparo, abuso sexual e morte.
Por fim, esse pequeno e singelo artigo visa apenas contribuir como reflexão sobre o momento estratégico que todas vocês, mulheres, estão tendo a oportunidade de viver. Eu desejo que as mulheres busquem ainda mais por seus direitos, acumulem unidade, luta e organização no sentido mais amplo, intensa e radical participação rumo a um novo mundo onde todas possam viver suas diferenças naturais com igualdade e emancipação política, econômica, social, cultural e familiar. E lembrem-se, mulheres: ‘’lugar de mulher é em todo o lugar’’. Boa luta a todas.

Um forte abraço...

WAGNER PEHLS – tem 29 anos, é estudante, fotógrafo, servidor público, colaborador do Jornal O Imigrante da Feitoria e Jornal Acontece da Zona Norte. (E-mail: wagner.pehls@gmail.com – Facebook: facebook.com/wagnerpehls).

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Medo de amar




Recebi um e-mail de uma amiga, onde o hoje, atual ex namorado dela, fazia uma despedida, um final de namoro por e-mail. Poucas coisas atualmente me surpreendem, um homem que se diz com medo, que se autodenomina covarde, para ter uma conversa cara a cara sequer chega perto a surpresa. Após um suspiro profundo, resolvi escrever sobre a palavra que mais me chamou atenção naquele texto: MEDO
Reflito: gosto de homens sem medo, homens de atitude, onde fazer “charminho” faz parte do jogo, incita a querer mais. Homens que não tem medo da aproximação, de levar um “não” , de falar a verdade.
Se todo mundo tem medo daquilo que não conhece... estamos nos conhecendo pouco... e consequentemente cada vez menos abertos a relações leves.
Medo de se entregar, de amar demais, de ser amado de verdade, medo de sofrer, de ser trocado, medo de não ser aceito... será que você ai que esta lendo esse texto, esteja solteiro ou não... tem alguém do seu lado que você ame e ame você, alguém que soma e não divide, alguém que ilumine o seu dia? Ou você simplesmente arrumou um companheiro ou companheira que supra suas necessidades mais simples? Se você ficou na duvida, é porque há alguma coisa de errado nessa relação. E sabe por que isso acontece? Porque a conquista foi tão fácil, ou tão banal que ninguém percebeu que a dupla não funciona, que o casal só existe por uma carência de um dos dois, ou até mesmo dos dois, ou por medo de ficar sozinho.
É de uma tristeza ímpar, ver as relações humanas pautadas no medo. O medo faz a gente encolher, pessoas com medo tendem a desaparecer de tanto que se escondem. Porque se esconder? Se você gosta realmente de alguém corra atrás, se você quer vê-lo, ligue, se quer tentar, agarre, se ama, diga a verdade, olhe no olho e diga. Não diga que não precisa, precisa sim, nós precisamos amar mais, e aprender a termos relações mais verdadeiras, porque estar com alguém só para não estar sozinho? Porque privar você e sua companhia de tentar encontrar alguém melhor, alguém de verdade, alguém por quem valha a pena suspirar. Solidão é um estado de espirito, é sempre possível rever pessoas, melhorar situações, mas reaver amores e paixões... é difícil, não deixe a oportunidade passar por orgulho, por medo.
A vida é tão breve, quem sabe não esta na hora de deixar o medo de lado e se permitir?

domingo, 30 de outubro de 2011

Beijando sapos

Quem nunca fez um feio ou uma feia feliz? Vamos lá pessoal, pode confessar, todo mundo já deu uma chance para um sapo na esperança que este virasse um príncipe. Às vezes dá certo, às vezes não!

Imaginem a seguinte história: a guria estava solteira há um certo tempo, sim, porque ninguém faz um feio feliz se não estiver se sentindo um pouquinho desesperada. Tem que estar no mínimo bem carente... Enfim, a guria solteirona, digo, solteira-convicta-feliz há um certo tempo, saiu pra night com as amigas. Estava toda produzida, no estilo “nascida pra matar”. Passou a noite toda fazendo caras e bocas, jogando olhares matadores pros carinhas.
Lógico que na primeira metade da festa, a pessouua (sic) ainda estava se sentindo poderosa e o processo de seleção estava bem rigoroso, só jogava charme pros tchutchucos, aqueles que ela olhava e pensava: se meus filhos nascerem com aquele sorriso... Meu Deus! Masssss, com o passar das horas, as perninhas já estavam cansadas e a guria se deu conta de que não era naquela noite que o cavalo branco ia chegar... Então ela resolveu dar uma olhada menos criteriosa e... deu de cara com o feio! É, ele estava lá olhando o tempo todo, ela sabia disso, mas como não era um tipão, preferiu ignorar. Deu um sorrisinho pra ele e pronto! Lá estava o sapo começando o interrogatório.
Conversa ia, conversa vinha, ela constatava que o feio mandava bem nas palavras e tinha senso de humor e como sempre dizia a mamãe: “procure um homem com quem você goste de conversar, porque no final é só isso que vai te restar”... Pimba! Os dois ficaram e não bateu a tal química, mas, como boa iludida, a guria pensou que era pela falta de intimidade.
No final da festa trocaram os números de telefone e, a guria tinha tanta certeza que estava fazendo caridade que nem duvidou que ele fosse ligar no dia seguinte. Dito e feito, o cara ligou! Marcaram um jantar num lugar bem claro, pra pode ver melhor a cara do sujeito. Jantaram, passearam, a noite foi super agradável, mas a química continuava bem longe, bemmmm longe.
A guria chegou em casa frustrada, porque o cara era muito bacana, falava altas coisas interessantes. Certo que ele seria um ótimo pai, ela até já via a cena! Mas cadê a paixonite? As semanas passando, se viam cada dia mais e a diferença entre os sentimentos era incrível: o sapo já, praticamente, tinha comprado as alianças e a guria nem tinha decidido se contava pras suas amigas que estava fazendo caridade.
Então, ela acreditou naquele ditado maldito (quem ama o feio, bonito lhe parece), e eles engataram um namoro. Família, amigos, trabalho, ele começou a se infiltrar em todas as esferas da vida da guria, e ela foi acreditando, cada vez mais, que ele era o príncipe e que essa coisa de beleza era só uma das idiotices que a sociedade tenta impor (e é mesmo!), mas a tal química não era uma idiotice... A guria sabia disso, entendia, por mais que se esforçasse, não rolava o furorzinho quando abraçava o cara. Daí lembrou novamente da mãezinha: “essa coisa de paixão, de loucura é pra namoro, pra gente jovem” e a guria já não era mais tão jovenzinha assim.
Enfim, quando os dois já estavam namorando há muitos meses, com planos e nomes de filhos escolhidos, o cara resolveu entrar em crise e terminou o namoro! Assim, simples, deu o pé na bunda da guria! Ela ficou lá, se perguntando: “como assim meu bem? Quem estava fazendo caridade aqui era eu! Só porque eu te dei uma chance agora tu estás te sentindo o bonzão?! Já arrumou até outra!”
Simmmmm, porque quando o feio estava largado num canto, as gurias não queriam, daí quando uma corajosa resolveu dar uma chance, e as outras perceberam que a coisa estava indo bem... Nhaaaaaccc!! Caíram matando em cima do cara. O racinha!


Daí por diante, todo mundo sabe o final e, certamente, muitas gurias já se identificaram. A gente passa dias ou meses – dependendo do quão melodramática somos – chorando por esses B... Quase morremos de tanto sofrer, organizamos terapia em grupo com as amigas só pra elas ajudarem a entender que existe vida após o término do namoro. Cada amiga conta um caso parecido e sempre tem aquela que te larga na cara que o tal guri era um ogro e que tu tens que dar graças a Deus que ele saiu do teu pé. Tem outra que, mais boazinha, fala que é uma questão de tempo e ele vai voltar. Que barbaridade, não façam isso com as amigas, é melhor falar a verdade na lata do que criar falsas esperanças!
But! Ainda bem que tudo passa e com o tempo a gente retoma o senso do ridículo, aquela fantasia de príncipe é desfeita de vez e abrimos os olhos pra enxergar o óbvio: que quem tinha que estar chorando era ele e não você, afinal, láááááá no início, quando essa coisa toda começou, quem estava dona da situação era você e não ele, mas como foi ele que deu o pé na bunda... Está feita a maior novela! Pode anotar: nós, aí eu to falando no geral, homens e mulheres, sofremos mais por sermos “rejeitados” do que por estarmos perdendo um grande amor ou qualquer coisa do gênero.
No trabalho, na faculdade, na festa, na academia, na igreja (aí é pecado, hein!!), nas viagens, a gente está sempre procurando aquele/aquela que vai fazer as perninhas tremerem. Porém, enquanto os bonitos não aparecem e já que os sapinhos estão em todos os lugares, pra que ser preconceituoso, não é mesmo? Até porque tem caso de “beija sapo” que dá certo. Eu posso considerar que já fui muito feliz com alguns sapinhos por aí e conheço amigas que estão casadas e felizes com, justamente, aqueles carinhas que todas olhavam e pensavam: cruzes, esse nem com milagre!

Ah! Quase ia esquecendo, a história da nossa amiga, a tal guria, ainda não tinha terminado: tempos depois, quando ela já estava linda e no salto again, agitando todas na balada, solteira-convicta-feliz. Quem apareceu? Quem? Quem? O carinha! É, o sapo! Veio com todo aquele papo de amizade, de arrependimento e talzzz... A guria até deu uma tremidinha nas perninhas, mas depois percebeu que o encanto já tinha passado e mesmo beijando mil vezes, o sapo sempre tinha aparência, gosto e sensação de sapo!! Que pena...

terça-feira, 25 de outubro de 2011

"...e o que a gente precisa é tomar um banho de chuva..."


Hoje revivi uma das coisas de que mais gostava de fazer quando criança: tomar banho de chuva.

Tudo bem que hoje não foi por querer, mas depois que a insatisfação adulta de ter molhado todo meu sapato, minhas calças e casaco passou, porque já não adiantava mais tentar não me molhar, fechei o guarda-chuva (até porque ele já tinha quebrado mesmo com uma rajada de vento que veio - e a cena foi ótima, podem ter certeza. O vento veio tão forte que fechou meu guarda-chuva, e claro que ele quebrou o resto das varetas que ainda não tinham quebrado) e resolvi “curtir” a chuvinha.

Foram poucos minutos, mas o suficiente pra dar aquela sensação de "não to nem aí que to me molhando”, ou melhor, “to adorando isso”.

Lembro muito dos vários banhos de chuva que tomei quando era criança. Ao contrário de hoje em dia, chuva era sinônimo de brincadeira! Era só a chuva engrossar um pouquinho que lá ia eu pra rua (normalmente eu e uma amiga). Saíamos de bicicleta e parávamos debaixo das árvores para balançar e nos molharmos mais.

Era uma brincadeira tão simples e tão divertida.

Claro que depois (já com a razão adulta de volta ao seu lugar) fui correndo para o banho, pois, como aqui no Rio Grande do Sul quase sempre que chove bastante esfria, garanti um banhinho quentinho pra não pegar gripe (como recomendaria a mãe).

Agora me pego pensando: “bem que podia chover dia desses que eu tiver a toa na rua, só pra tomar ‘aquele’ banho de chuva”.

O recado que quero deixar com isso é que às vezes devemos deixar a chatice adulta de lado e curtir os momentos como boas crianças que fomos (e que ainda somos).

Boa semana a todos.

E bons “banhos de chuva”.

Beijos e até o próximo (banho de chuva ou post)!

domingo, 16 de outubro de 2011

Butequeiro da rodada: Roberto Coutinho!!

Mazá!! Pra mostrar que o boteco aqui é democrático mesmo, vai mais um post de um representante da ala masculina:

 Reptilia sapiens - A lógica da Conquista

Quando as meninas me convidaram para fazer um post aqui no Butequinho (obrigado pelo convite meninas!), não sabia sobre o que escrever. Mas esta semana tive uma conversa com uma amiga que recém saiu de um relacionamento sério e está se aventurando no mundo dos solteiros. Resolvi então, escrever este post com base nessa troca de idéias.


The lovers by Magritte
Os relacionamentos mais estáveis (casamento, noivado, namoro, amizade-colorida...) mantém o status quo porque são baseados no predomínio da razão sobre a emoção. Veja bem: não estou dizendo que as emoções não importam. Pelo contrário! Elas são o tempero do relacionamento. Mas o molho é feito pela razão. Caso contrário, não conseguiríamos gerenciar a rotina, a família, os amigos de verdade, os "amigos da onça", a distância e também a proximidade do outro.

Por outro lado, a vida solteira é regida pela emoção. O solteiro não tem conforto e estabilidade. Para sobreviver, tem que sair à caça todos os dias. E a graça da vida solteira é o momento da conquista. Aí que acontece a adrenalina, o prazer, a satisfação ou a decepção consigo mesmo. Neste ponto, nosso cérebro de homo sapiens evoluído não tem vez sobre o velho cérebro reptiliano. E assim como na natureza, neste momento, homem e mulher, macho e fêmea, se diferenciam bastante. O prazer do homem está na sensação de poder, de conquistar; já a mulher encontra sua satisfação em sentir-se desejada.

Se você leu até este ponto, deve estar pensando: "este idiota está tratando a coisa de maneira muito simplista!" Pois sim, é essa a idéia! Como as nuances são tantas e tão complexas, não me sinto apto a falar delas neste post. Partindo deste ponto, levanto alguns exemplos que demonstram melhor como isto funciona.

A mulher se arruma, se produz (andar desarrumada e desproduzida também vale neste caso) afim de ser desejada. Do outro lado, o homem está sempre com o radar ligado procurando um sorriso, um olhar simpático, uma abertura qualquer. Esta é a deixa da mulher para que ele faça a aproximação e derrube os limites impostos por ela até o momento da conquista. Esta situação coloca perfeitamente as duas partes em suas zonas de atuação: o homem é poderoso, derruba as barreiras e conquista a mulher. Ela por sua vez, é disputada, desejada. Neste momento, os egos são massageados mutuamente. Mas não é sempre que isto ocorre, como veremos abaixo:

A coletora que virou caçadora:
A mulher que vai à caça, correndo atrás do homem, forçando uma aproximação, ou até as vezes partindo para a cima em um ataque fulminante, deixa o homem se sentindo inferiorizado e incompetente, já que a mulher que fez todo o "serviço". Sem falar que acaba se passando por uma psicopata desesperada.

A metralhadora giratória:
Aí aparece o sujeito que atira para todos os lados. Não espera a deixa. Ataca a primeira que aparecer. E se não der certo, ataca a amiga ao lado. E assim vai... neste caso, ele até consegue se satisfazer, já que a estatística está a seu favor. Mas este sujeito não consegue despertar o mínimo prazer na mulher, que quer ser desejada e diferenciada do resto do grupo.

O pavão e a coleção de bolsas (a outra face do desejo e da auto-afirmação):
Às vezes pergunto para as mulheres porque da fixação em combinar a bolsa com a roupa ou com a ocasião, já que os homens NUNCA prestam atenção neste acessório. A resposta é sempre a mesma: "a mulher não se veste para os homens, e sim para as outras mulheres". Em parte, isso é verdade e ajuda a confirmar a tese. A mulher também gosta de ser invejada, já que este sentimento (na sua forma positiva ou negativa) é baseada no desejo. Neste caso, não que alguém deseje ela, mas que deseje ser como ela.
Do outro lado, tem o sujeito que adora desfilar por aí com aquelas loiras bundudas e decotadas. Ou então ficar contando para os amigos suas peripécias sexuais. Muitas vezes as loiras são "contratadas" e as histórias não passam de pura imaginação. Esta pode ser vista como a versão masculina da bolsa, onde o homem tenta mostrar seu lado conquistador.

Como disse antes, todo este papo esta é uma visão reducionista de um sistema complexo. Mas pode ser um bom ponto de partida. Até porque, se analisarmos friamente esta questão, quem está no comando durante todo o processo é sempre a mulher. O que resta ao homem é saber tomar as decisões certas na hora certa.

domingo, 9 de outubro de 2011

Amores Possíveis



Eu já fui a rainha do amor meio platônico, e quando digo platônico refiro-me aquele amor quieto, de suspiros e admirações, aquele amor do silêncio da distancia e da alegria do estar ao lado. Amo primeiro as atitudes, principalmente as pequenas, as gentilezas que a atual falta de educação tem tentado excluir do dia a dia, amo os olhares, aquele olhar desconcertante que te deixa até desorientada, não aquele que te despe sem vergonha... mas aquele que te descobre. Amo cheiro, e cheiro não só perfume, mas da nossa memória olfativa, é quando você sente um cheiro que te traz uma lembrança, perfume marcante... meu amor tem cheiro de energia, de força de segurança...
Embora me divirta muito com amores assim, procuro mesmo é um amor possível... porque de impossíveis e de difícel acesso eu estou cheia. Relacionamentos complicados tiram o sossego da vida da gente e descobri que ando vivendo assim já a algum tempo. Me dei conta que crio certos obstáculos para me apaixonar e que esses obstáculos nada mais são do que minhas projeções colocando cada oportunidade na balança. Que muitas vezes quando acho que encontrei um amor possível, e que arranco meus obstáculos, ele simplesmente desaparece, não fala comigo direito, me ignora... Deve estar assustado, eu também estou.

Sempre acho que o amor pode estar do seu lado, sim, aquele carinha simples que você encontra todos os dias quando vai ao mercado, que te olha e você nem percebe, o colega da faculdade que é sempre gentil com você e nunca troca mais do que duas ou três palavras, o seu professor da academia que te inspira a ir malhar todo o santo dia, ou até aquele carinha que você conheceu numa balada, trocaram telefones mas você acha que não vai rolar, mesmo ele sendo bacana, só porque conheceu ele na noite e gente da noite não serve pra namorar...
Mulheres, se dêem uma chance!Esqueçam o mito do amor romântico, seu príncipe não virá num cavalo branco, é bem provável que ele buzine pra você num carro popular mesmo. Não dá pra fechar os olhos se ele esta por ai solto. Baixe a guarda um pouquinho, relaxe, respire, seja natural... o amor acontece assim, quando a gente menos espera, onde a gente menos olha.

O seu amor possível tá ai fora em algum lugar, homens aprendam a se tornar um homem possível de amar, um homem potencialmente apaixonante.
Definitivamente não queremos um homem rico ( aiii fiquei na dúvida agora!!), mas ele precisa ser trabalhador e ter olhos para o futuro afinal, a gente também trabalha, não queremos um homem lindo, basta que ele se torne lindo aos nossos olhos, ele não precisa ser humorista, mas deve conseguir arrancar um lindo sorriso nosso já pela manhã, também não precisa ser muito refinado apenas que tenha atitudes educadas no simples dia a dia, ele não precisa falar vários idiomas, basta que entenda o nosso particular... Queremos alguém que nos faça querer ser melhores do que já somos, alguém que extraia o melhor de nós... o luxo só serve para encher os olhos, jamais preenche um coração... não somos perfeitas... e também não queremos um homem perfeito, nem o amor perfeito...queremos amores possíveis, possíveis de viver e de compartilhar.

Compartilhe dessa ideia você também!

Um beijo grande a todos, e até a próxima.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Afinal, o que nós queremos?

Nas conversas de boteco, pelo menos entre as gurias, o assunto sempre cai no mesmo tópico: os guris! Cerveja vai, cerveja vem e lá estamos nós nos queixando deles, rindo deles, chorando por eles. É incrível como não conseguimos viver sem, mas é mais incrível ainda como nunca estamos satisfeitas...
            Afinal, o que nós queremos? Sim, isso é uma espécie de mea culpa porque sei que nós também somos bem complicadinhas e deixamos a ala masculina, muitas vezes, sem entender nossas mudanças repentinas. Quando estamos sem, queremos estar com, quando estamos com, nunca está suficientemente bom.

 Dia desses, numa das “botecagens” tradicionais, uma amiga reclamava da ausência do carinha, que nunca dava sinal de vida, já a outra reclamava que o cara que estava com ela parecia um chiclete, enquanto a outra dizia que o dela não queria nada com nada, que tinha que ser como o da fulana que trabalhava e sabia o que queria da vida, só que a fulana não estava tãããão contente assim, porque o carinha trabalhava tanto que não tinha tempo pra ficar com ela! Gente!! Como é difícil nos agradar!
Não sei se é parte da nossa independência, que nos permite expressar tudo o que sentimos e queremos aos quatro cantos. Às vezes tenho dúvidas se a revolução feminista teve tanta eficácia... Ok, ok, ok! Ainda não me atirem tomates, esperem eu concluir: hoje, nós estamos superando os homens em tantos setores da vida, que quando o assunto é relacionamentos amorosos, nos esquecemos que também é bom ser cuidada, que dizer “sim, benzinho, você está certo”, não é tão abominável assim.

(to pensando seriamente em fazer um manual de instruções para eles entenderem as nossas reações a cada troca de lua! Rsrsrsrsrs.)

Guris, vão aí algumas dicas: geralmente, nós não temos paciência para explicar a vocês que MAIS ATITUDE é BOM! Eu sei, eu sei, eu sei, a gente assusta vocês, com esse nosso desejo incontrolável de mandar, mas nosso reinado vai até certo ponto. Existem locais e ocasiões que nós gostamos de fazer o papel de mulherzinha, assim, como as de antigamente, e sermos cortejadas, conduzidas, tratadas como pobres meninas inocentes que querem ser cuidadas (pronto, falei!).
Na verdade, eu acho que nós não somos tão diferentes assim dos homens, em essência, somos todos seres humanos, e o fato de estarmos cada vez mais parecidos, de maneira que as velhas atitudes que eram esperadas, de ambas as partes, não colarem mais, deixa eles meio assustados. Sem saber o que fazer, como agir, o que esperar.
Não digo que eu não goste da minha liberdade, mas, às vezes, dá uma vontade de não ter que ser tão independente assim... Vamos lá guris, não se mixem por nossas falsas caras de superioridade, tudo o que queremos é romance, é uma história de amor arrebatadora, que nos faça esquecer a realidade e nos traga mais alegria nesse mundo tão hard. Ai como eu to cafona hoje...



Ah! Que fique claro, que este post não se aplica em alguns casos, como o dos exageradamente machistas, o dos maníacos depressivos e o dos galinhas incuráveis. Esses não tem solução e nem negociação!

Até a próxima pessoas!!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Cartas, bilhetes e lembranças.

“Inspirada” pelo clima de mudanças (rsrs), me dei conta de quanto cacareco a gente acumula durante os anos de vida.

Gente, coloquei vários sacos e caixas de papéis, materiais, muita roupa e sapatos já sem uso há alguns anos, mas que não mexia nessas coisas porque estavam lá, no cantinho delas, sem atrapalhar ninguém.

Mas durante toda essa função de encaixotar e desencaixotar coisas tive muitas boas surpresas e lembranças. Achei em uma caixinha forrada com papel de presente (tava bem bonitinha até) bilhetinhos que foram trocados durante a aula (ainda do tempo de colégio, por isso me recuso a fazer o cálculo dos anos, rs) com as colegas, muitos só dizendo “te adoro”, “vc é D+” e outros tantos contando em quase códigos sobre o fulano que era o “amor” do momento.

Achei também muitas cartas (aquelas enviadas pelo correio...). Abrindo um parêntese: como era bom receber uma carta pelo correio, aquela sensação de abrir e ver logo o que tava escrito ou a simples surpresa de abrir a caixinha de correspondências e achar uma delas ...bons momentos.

Mas então, muitas cartas, algumas pareciam uns livros, as amigas contavam tudo, tudo o que tinham feito nos últimos dias (talvez algumas se identifiquem agora hehehehe).

Infelizmente, muitas dessas lembranças tive que me desfazer, afinal, tinha muuuuita bugiganga pra carregar, mas outras cartas e bilhetes não consegui colocar fora e guardei novamente. São verdadeiras relíquias, pedacinhos da minha vida que devem ser guardados nessa caixinha.

O melhor de tudo é que continuo tendo contato com a maioria das pessoas com quem me correspondia há muitos anos (quando nem existia internet, blog, celular, etc.....).

Só por esse “encontro” com os bilhetes e cartinhas, já valeu a pena fazer a mudança.

Quem tiver um tempinho, dá uma olhada se não tem nada guardado... é muito bom ver tudo de novo.

Até a próxima!