Este blog surgiu entre conversas de “buteco”, depois de tanto ouvir as amigas falando sobre desilusões amorosas, aventuras e desventuras sentimentais, trabalhos problemáticos, destinos incertos, “amigas da onça” e demais blá, blá, blás relacionados às incertezas da vida. Resolvemos botar pra fora! Escrever um livro!! Mas... na falta de um editor que compre nossas idéias, um blog é um bom canal pra falar sobre todos esses assuntos e compartilhar com todas as gurias as agruras de sermos mulheres bem resolvidas, no séc. XXI. Sintam-se à vontade gurias e guris pra comentar os assuntos e dar sugestões!!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Cartas, bilhetes e lembranças.

“Inspirada” pelo clima de mudanças (rsrs), me dei conta de quanto cacareco a gente acumula durante os anos de vida.

Gente, coloquei vários sacos e caixas de papéis, materiais, muita roupa e sapatos já sem uso há alguns anos, mas que não mexia nessas coisas porque estavam lá, no cantinho delas, sem atrapalhar ninguém.

Mas durante toda essa função de encaixotar e desencaixotar coisas tive muitas boas surpresas e lembranças. Achei em uma caixinha forrada com papel de presente (tava bem bonitinha até) bilhetinhos que foram trocados durante a aula (ainda do tempo de colégio, por isso me recuso a fazer o cálculo dos anos, rs) com as colegas, muitos só dizendo “te adoro”, “vc é D+” e outros tantos contando em quase códigos sobre o fulano que era o “amor” do momento.

Achei também muitas cartas (aquelas enviadas pelo correio...). Abrindo um parêntese: como era bom receber uma carta pelo correio, aquela sensação de abrir e ver logo o que tava escrito ou a simples surpresa de abrir a caixinha de correspondências e achar uma delas ...bons momentos.

Mas então, muitas cartas, algumas pareciam uns livros, as amigas contavam tudo, tudo o que tinham feito nos últimos dias (talvez algumas se identifiquem agora hehehehe).

Infelizmente, muitas dessas lembranças tive que me desfazer, afinal, tinha muuuuita bugiganga pra carregar, mas outras cartas e bilhetes não consegui colocar fora e guardei novamente. São verdadeiras relíquias, pedacinhos da minha vida que devem ser guardados nessa caixinha.

O melhor de tudo é que continuo tendo contato com a maioria das pessoas com quem me correspondia há muitos anos (quando nem existia internet, blog, celular, etc.....).

Só por esse “encontro” com os bilhetes e cartinhas, já valeu a pena fazer a mudança.

Quem tiver um tempinho, dá uma olhada se não tem nada guardado... é muito bom ver tudo de novo.

Até a próxima!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Butequeiro da rodada: Marlos!!!!!


Grande presença de um menino, pra democratizar de vez o butequinho!!!!!

Vamos mudar agora?

Como todos já perceberam vou falar sobre mudanças, mas não mudanças simples como, por exemplo, mudar a cor ou o corte do cabelo, fazer uma dieta, emagrecer alguns quilinhos, começar uma academia, começar um novo curso ou fazer uma viagem... Vou falar de mudança de vida... Isso mesmo mudança de vida.
 Os amigos que me conhecem como a Deni, desde sempre, sabem que minha vida inteira foi regada de mudanças e a maioria delas, digamos assim foram ‘radicais’, primeiro uma ‘aceitação’ que não foi nada fácil pra mim, (posso até falar sobre isso em outro post hehehe...) depois um regime que me fez emagrecer 30 Kg em 6 meses e passar de um obeso para uma um magrelo (para sempre), talvez que uma coisa tenha haver com a outra, mas nenhuma mudança mexeu tanto comigo como essa última de mudar de emprego, de cidade, de estado tudo ao mesmo tempo e ainda com um tempo muito curto para decidir. Foi quase um “pegar ou largar”...
É queridos amigos não foi nada fácil, sair de férias dia 20/07/ 2010 para ficar apenas 20 dias em SP na casa da minha irmã, e no mês seguinte estar definitivamente morando em SP, com um emprego novo, de mudança feita e tudo, com alguns percalços e perdas no caminho.  Estava aqui passeando quando surgiu uma oportunidade de trabalhar na Universidade, algo que sempre quis, (lembrei do post do blog do dia 03/09 onde as gurias falavam ‘o que quero ser quando crescer? ’). Pois bem, (eu até hoje não me decidi muito bem o que quero ser?! Risos...) mandei meu currículo que não era muito extenso, pois, sempre trabalhei com os meus pais, fiz minha graduação, minha pós-graduação mas, sempre morando em Arvorezinha, quem teve ou pelo menos pode trabalhar em uma empresa familiar, sabe como é...
Mas e a decisão de sair da “zona de conforto” que é ter um “paitrão” numa cidade linda com apenas 10.500 habitantes e ir trabalhar em uma Universidade, na maior cidade da America Latina, uma das maiores do mundo?!  Ir para o desconhecido, sair da casa dos pais e alçar vôo, foi preciso até “cortar o cordão umbilical”... “deixar” os amigos que você via e que conviviam todos os dias na academia, na rua, deixar para trás a vida “mansa” que é morar no interior, para se jogar no mundo?! Bom, lembro até hoje do medo que tive, lembro até hoje das noites sem dormir, lembro até hoje dos amigos e da minha família me dando apoio. Apoio de mãe?! Que, na verdade quer ver você feliz, mas ao mesmo tempo não quer ver você longe de casa?! Nossa!!! Quanta dúvida! Quanto medo! Quantas despedidas...
Tinha medo de não ser aceito no novo grupo, tinha medo de não ser capaz, tinha medo de ficar sozinho, tinha medo de não me adaptar, tinha medo e mais medo!!! Os amigos foram essenciais nesse momento, a família indispensável... 
Todo ser humano é capaz de se adaptar, porque eu não posso tentar?
Já se passou um ano, e estou aqui, feliz aprendi muito, tenho certeza que me tornei melhor, e estou crescendo muito, principalmente como ser humano... no início não foi nada fácil me acostumar ao ritmo de vida daqui, Não foi fácil iniciar um novo trabalho e logo em seguida outro. Sim, logo de cara já surgiram outras oportunidades.
As horas mais difíceis que acho até hoje são, nos domingos (mas quem é que não fica “depre” nos domingos? risos) e sempre que estou em um aeroporto esperando o próximo vôo, parece que tenho a mesma sensação do dia que vim embora. São nessas horas que a nostalgia toma conta, são nessas horas que a saudade te engole... São nessas horas que aproveito para chorar... Mas são lagrimas de gratidão, saudade, felicidade. Sentimos saudades do que foi bom, do que nos deixa felizes... Pois graças a Deus que mudei... Era isso que era pra ser. Agora depois de um tempo consigo enxergar melhor como tudo aconteceu, como tudo tem seu tempo e sua hora. E quantas experiências, quantos conhecimentos, quantas novas amizades... Tudo isso graças o medo que enfrentei!!! Olhando para trás vejo que medo bobo que sentia, quão ingênuo que fui a algumas situações (risos)... Mas tudo isso serviu para aprender...
Aproveite sempre as oportunidades, corra atrás dos seus sonhos, enfrente seus medos sempre, logo você percebe quão bobo eles eram… precisamos enfrentar sempre o nosso medo...
Não foi nada fácil, mas valeu (e está valendo) a pena...

Obrigado pelo convite Denise e quem sabe até o próximo post...

Marlos Reus Ferri.

domingo, 11 de setembro de 2011

Paixões femininas


Depois de 6 horas andando, em meio a milhares de pares de sapatos, vendo promoções e oportunidades e centenas de mulheres zanzando estarrecidas, maravilhadas literalmente em êxtase me dei conta do tamanho das paixões femininas.
E sapato é uma delas, com toda a certeza, após uma visita numa feira épica de calçados e acessórios, deparei-me com a seguinte questão: se nós mulheres somos capazes de passar horas escolhendo um único sapato, por seus detalhes, cores, encaixe, enfrentando filas, cansaço, maridos e namorados com cara de prisioneiros a beira da forca, o que não somos capazes de fazer por uma paixão arrebatadora, a escolha daquele sapato, quer dizer, daquele cara rico em detalhes, único e que pode ser seu, digo, seu par?
E quando digo paixões, assim mesmo no plural, é porque não existe ser mais apaixonado do que a mulher, e digo isso com conhecimento de causa.
A busca pela paixão perfeita é longa e pode muitas vezes ser cansativa, nem sempre na primeira experimentada ela serve, as vezes você troca de local, experimenta de novo, acha bonito, mas não é o seu numero ou pior,não tem mais disponivel, você gosta mas tem mais gente interessada nele.
Paixão por sapatos, por roupas, por animais, por potes, paixão por música, por poemas, por cinema, paixão por literatura, paixão pelos homens de sua vida, paixão pelo sol que aquece uma linda tarde de um domingo qualquer. Somos seres apaixonantes mesmo, somos seres que amam de mais, amam por todos.
Você reconhece uma mulher apaixonada pelo olhar esfuziante, pelos suspiros curtos e leves dados ao relento, suspiros que surgem nas pausas sem grandes explicações ou motivações. Arrisco-me a dizer que vivemos sempre apaixonadas, seja por uma paixão platônica, seja por nós mesmas, pela profissão, cada mulher sabe bem a paixão que carrega dentro de si, e aquelas que pode demonstrar aos outros. Somos movidas por ela, e os rapazes que me perdoem, mas antes mesmo do tesão, é atrás da paixão que nós estamos... Sim, acredite ele pode vir depois, sem problema algum.
Se nossa capacidade de se apaixonar é inesgotável, porque será que é tão difícil admitirmos certas paixões? Porque é tão difícil se entregar a elas? Ou será que o medo ainda é um monstro escondido no armário do nosso coração? Aff...admito que escolher meus dois pares de sapato no meio daquela confusão parece muito mais fácil agora, do que responder a essas e tantas outras perguntas sobre as paixões femininas.

Hoje deixo duas dicas:

Homens: tentem se apaixonar mais... não tenham vergonha... não dói, não tem contra indicação e faz você ganhar qualidade de vida, em todos os sentido.

Mulheres: não se arrependam de amar demais, arrependam-se de... ou melhor, não se arrependam, se correr ainda dá tempo de você achar uma paixão pra chamar de sua, escolha o seu par!!

Beijão a todos!! E até a próxima.

Vanessa Dörmann

sábado, 3 de setembro de 2011

O que você quer ser quando crescer?



Aproveitando o texto inspirado da Deni sobre educação e a baixa remuneração dos professores, resolvi tocar num assunto que, pelo menos pra mim, é motivo de dúvidas até hoje: profissão!
Vai dizer gurias, desde que somos bem pequenas escutamos a tal pergunta: “o que você vai ser quando crescer?”. Incessantemente pais, tios, avós e afins repetem este questionamento só para nos ver responder coisas engraçadas e dar risadas depois, e nós, pequeninos, muito inocentes respondemos coisas baseadas nas fantasias infantis, tipo: “eu quero ser bombeiro”, “quero ser cantora”, “quero ser atriz”, “eu quero ser astronauta!!” Como somos bobos, digo, fofos!! 
Eu me lembro que sempre quis ser professora, de qualquer coisa, mas queria ser professora. Geralmente meu desejo estava relacionado com minha atividade preferida do momento: professora de balé, professora de religião (sim! Religião), professora de natação, e por aí vai. Tá, também quis ser outras coisas esdrúxulas, como modelo (de roupas pra anão, só se for!), atriz (sei chorar que é uma beleza) e cantora lírica (adorava imitar o Edson Cordeiro naquela propaganda do Kadett / alguém se lembra? http://www.youtube.com/watch?v=uy3meCahY_Y
            Mas então, passou-se o tempo e esse meu sonho de ser professora foi indo embora, junto com outros palpites de profissão. Eu ingressei pra faculdade de Turismo, e lá no final dela, quando entrei numa sala de aula de uma escola pública, devido a um projeto de extensão, que me dei conta de como era bom estar naquela situação, como era bom passar conhecimentos, ensinar, mais ainda, como era bom ensinar a quem realmente necessitava.
            Tão logo acabei a graduação, já corri pro mestrado pensando que, assim que eu saísse, estaria empregada numa universidade ou em algum curso técnico da minha área. Ahhhh, quantos projetos de extensão eu iria criar: a universidade a serviço da comunidade!!
            Porém, contudo, todavia, as coisas não são assim, o mercado de trabalho não é tão lógico, os empregos nem sempre chegam por merecimento, às vezes, um dedinho te apontando, vale mais do que um currículo extenso. Um concurso, dois concursos, três concursos em universidades públicas, e nada! Currículos e currículos pra universidades particulares, e nada! Conclusão: ter boas relações no mercado de trabalho, bons contatos, é tudo. É, me senti como uma menina novamente, vontade de sentar e chorar!
            Corri pro colinho da mamãe e fiquei pensando, será que fiz tudo errado? Será que escolhi a área errada? Posso voltar a atrás e começar tudo de novo? Moço, e se eu não quiser mais brincar disso? Posso devolver??? Rsrsrsrsrs. Me vi perguntando a mim mesma: o que você quer ser quando você crescer? Ah, não, mas espera aí, você já cresceu e já tem quase 30!! LOOOOSER!! Nessa depressão toda, pelo menos eu ainda sabia que queria ser professora (pelo menos isso), mas já não tinha tanta certeza da minha área.
Hoje eu trabalho com educação e com turismo, não estou em sala de aula, mas pelo menos estou lidando com duas coisas que adoro. Posso dizer que nem tudo são flores, o mercado de trabalho é foda difícil, é neguinho furando o olho de neguinho, sorrisos pra um lado e facadas para outros. É, amigos, “bye bye” visão romântica do mercado, “adieu” ilusão de um por todos e todos por um!
            Enfim, pra fechar este desabafo/reflexão e pra voltar ao intuito original deste post, eu respondo a pergunta que está no título: não importa!!! Não importa o que eu quero ser quando crescer, desde que eu esteja feliz, desde que isso não me corrompa como ser humano e que eu não faça meu corpo pagar pelo sofrimento de um emprego amargo. Não está contente na tua área? Troca minha filha!! Sempre sonhou em vender bugigangas na praia? Vai lá!! As lições que a gente tem que aprender nesta vida, iremos aprender, onde quer que estejamos, pode ter certeza! Nosso carma nos persegue, até resolvermos as situações. Então, independente do que façamos, que façamos com verdade e com caráter!


Boa semana pra todos, minha gente!!