Este blog surgiu entre conversas de “buteco”, depois de tanto ouvir as amigas falando sobre desilusões amorosas, aventuras e desventuras sentimentais, trabalhos problemáticos, destinos incertos, “amigas da onça” e demais blá, blá, blás relacionados às incertezas da vida. Resolvemos botar pra fora! Escrever um livro!! Mas... na falta de um editor que compre nossas idéias, um blog é um bom canal pra falar sobre todos esses assuntos e compartilhar com todas as gurias as agruras de sermos mulheres bem resolvidas, no séc. XXI. Sintam-se à vontade gurias e guris pra comentar os assuntos e dar sugestões!!

domingo, 29 de maio de 2011

A cartomante de Alvorada

É impressionante como nós, mulheres do séc. XXI, tão modernas, corajosas, descoladas, quase bem resolvidas, somo tão, mas tão curiosas com nossos destinos. Deveríamos ser um pouco mais como os homens e deixar levar, sem se preocupar com essa baboseira de futuro, casamento, almas gêmeas, felizes para sempre...
Mas acontece que quando o caso é sentimento, somos muito “menininhas curiosas” e fazemos de tudo, tudo mesmo, para dar uma espiadinha no destino: pedimos ajuda pros astros, consultamos cartomantes, fazemos simpatias, mandingas e outras tantas coisas.
Bom, isso tudo é só pra contar que eu fui essa semana numa cartomante, em Alvorada! Sim, eu cruzei cidades, só pra tentar matar a minha curiosidade acerca do futuro!
Calma, já conto tudo!!
Depois de uma semana de expectativa, um dia todo de nervosismo, quase duas horas de viagem e mais umas quatro horas de espera.... caminhei até a salinha dos fundos, onde me aguardava a tal da famosa cartomante, que tinha sido indicada por uma amiga, devido sua precisão e bom preço.
A mulher me olhou com cara desconfiada, nunca tinha me visto. Trocamos meia dúzia de palavras, cortei o baralho em 3 e ela já começou:
 – Você é muito teimosa, orgulhosa, romântica, detalhista, sonhadora... – foi disparando, como uma metralhadora, qualidades e defeitos, todos misturados.
Depois já começamos a entrar em detalhes da vida. Alguns acertos, outros erros, muitas previsões de felicidade (cláááássico das videntes) e veio outro veredicto:
– 3 filhos, mais de um casamento, boa saúde e muito amor!
Eu abobalhada com as previsões:
– Hein?! Como assim 3 filhos? E vários casamentos?
– Sim, sim minha filha! E você já está atrasada pra ter filhos. 27 anos, já deveria ter começado!
– Ah, valeu – respondi. Me chama de parideira, de velha e ainda fala que vou casar várias vezes! Tem dó, né?!
Enfim, saí de lá meio decepcionada.
Parece que sempre esperamos algo mais, quem sabe um pouquinho mais de precisão?! Sei lá, poderia me dizer qualquer coisa do tipo: o Arlindo Augusto, aquele cara lindo que você paquera há um tempão, vai te pedir em namoro, vocês vão casar em 2012 e terão o primeiro filho em 2013! Pronto!
Será que seria pedir demais??
Mas, as coisas aí com o além não são bem assim e há mais poesias e suposições do que dados concretos. Na minha modesta opinião, até existe uma linha de acontecimentos para nossa vida, mas as possibilidades de escolha estão lá para fazermos a maior bagunça com o destino. Entendeu?! Nada é tão fixo que não possa ser mudado, para o bem e para o mal.
Enquanto isso, já vou fazendo minha poupança, porque se a cartomante acertar na previsão dos filhos....gurias, vou precisar de muita fralda, babador, mamadeiras...

domingo, 22 de maio de 2011

Mentira tem perna curta!


Já mudei de assunto para escrever esse texto como os meus hormônios mudaram meu humor! Aff...

Ultimamente, tive a impressão que cada vez mais é difícil para as pessoas falarem a verdade, seja nas relações pessoais, seja nas profissionais. E fico me perguntando o porquê.

Pode ser por medo de assumir a verdade; de falar o que realmente pensamos; de machucar alguém (mas soubera que se machuca muito mais).

Uma hora ou outra a verdade vem à tona. E a conseqüência lógica dos fatos é que a pessoa que mentiu vai se desculpar, e a pessoa iludida/traída/enganada vai sofrer e muito. Então, se mais cedo ou mais tarde sabemos que a verdade aparecerá, por que mentimos? É tão mais fácil e digno ser claro, transparente, verdadeiro. Pelo menos eu acho.

Não sei se é porque estou crescendo ou se sempre foi assim, mas as pessoas estão cada vez mais mentirosas, acho que estão sofrendo de uma certa compulsão por mentir. O que é uma lástima!

Pra mim isso é falta de caráter, covardia! Algumas pessoas são dignas de um prêmio tipo o Oscar ou o Kikito de Gramado de tão convincentes que são. No fundo, deveriam todas ser encaminhadas para um bom psiquiatra. Falta de caráter porque as relações normais de cumplicidade exigem uma boa dose de verdade (não tô falando que uma pequena omissão ou mentirinha inofensiva são um crime, apenas que não devem se prolongar no tempo). E covardia porque o enganado está acreditando naquilo e, quando se der conta ou souber da verdade, irá sentir-se um lixo, um idiota por ter acreditado. Mas lixo mesmo é aquele que mentiu.

A verdade pode doer, talvez, todos sofram, mas ela deve sempre ser dita.

Mas não se iludam, falar a verdade não é pra qualquer um. É preciso ter dignidade, é uma questão de se olhar no espelho e se enxergar sem vergonha, sem culpa, de ter um pouco de integridade.

domingo, 15 de maio de 2011

Butequeira da rodada: Pati!!

Juventude é quem nem minissaia

Patrícia Gastmann

Sempre ouvi a mesma frase da minha mãe: “tu é nova, tem muito tempo ainda”. A minha sorte é que nunca segui esse conselho, e aviso as mais acomodas: Corram! Seu tempo esta acabando!
Temos a vida toda para sair terça à noite, para perder horas fazendo chapinha no cabelo, para tomar todas e fazer aquelas ligações na madrugada. Tudo mentira! Humanamente impossível sair na terça, se na quarta de manhã tem que estar 100% para uma reunião no trabalho na primeira hora. Adeus chapinha, se o tempo que você tem para se arrumar são dez minutos. Tomar porre e fazer fiasco não combina mais com sua idade!
Indícios de que você passou da juventude. Não, não quero dizer que a vida acabou, ou perdeu a graça, mas sem dúvida a fase mais cheia de graça passou.  Ser jovem é sinônimo de poder errar, passar vergonha, fazer fiasco, ir trabalhar de virada e ter uma boa desculpa para tudo isso, sem peso, sem culpa, afinal ser jovem é ser inconsequente, imaturo... quem não entende. Um bom termômetro para saber se você está passando pelo mesmo que eu, é quando você fala costumeiramente a frase “na minha época”. Alerta vermelho! Preste atenção, todo mundo se refere a “sua época” fazendo relação com a juventude que passou.
Lógico que a cada aniversário que chega o mundo já mudou e muito. Mas não adianta culpar a trilha sonora das boates que não tocam mais os clássicos da sua época, nem o comprimento das saías das meninas, que você não conseguiria usar nem na praia, ou a falta de atitude dos homens (só piorou). A questão é que nem só o mundo girou e sim você andou para frente. Não é mais a mesma, que achava que sábado e cama não combinavam, agora é uma ex adepta da teoria do “NO dormir”, e está descobrindo o prazer de oito horas seguidas de sono.
Enfim, constatar que seus pais não tinham a solução pra tudo, e sim pareciam ter é chocante, mas não opcional no máximo adiável.  Um ciclo se encerra, as festas não são mais as mesmas. Você admira você no passado, horas em cima do salto, filas encaradas com bom humor, sol raiando, você chegando. Fica a dica: curta a vida porque a vida é curta, e a juventude, bom, essa mais curta que minissaia.

domingo, 8 de maio de 2011


Você não é invisivel!
Eis que começo meu final de semana pensando na tal auto estima, deve ter sido aquela vontade louca de não tirar o pijama durante o final de semana, enfim...
A minha, tenho certeza, anda meio sumida. Impressionante o tamanho do estrago que a falta de auto estima faz na nossa vida.
Vocês com certeza já tiveram vontade de ficar invisível. Admitam, é fato vez ou outra na vida sua auto estima já esteve tão baixa que você desejou ser invisível. Sabe aquele dia que você se arruma toda e parece que todos tropeçam em você? Ou aquele dia que você tem uma festa badalada que espera  há semanas, mas acorda fora do seu equilíbrio normal com vontade de desistir? Ou ainda quando você vai sair com os amigos e nada, absolutamente nada fica bem em você? Tenho certeza de que isso é problema de auto estima, e cheguei a conclusão de que ela é tão variável quanto meus hormônios. Tenho desvios de auto estima sérios, se mais alguém ai tiver esse ‘’desvio’’por favor entre em contato comigo! É o tal episódio do pijama que citei lá em cima. As vezes não consigo controlar a minha, ela teima em baixar...

Isso acontece por vários motivos, à vida moderna nos coloca em posição de ataque constante, passamos o dia sendo bombardeados por imagens de mulheres linda, magras, sem estrias, com cabelos ondulados, sem frizz, bem sucedidas, geralmente acompanhadas por namorados ou maridos tão bem sucedidos quanto elas, altos, com sorriso de propagando de creme dental, elegantes, casais perfeitos que não existem na realidade dura e cruenta em que vivemos, matando um leão a cada dia. Somos obrigadas a entrar em roupas menores, a usar sapatos mais altos, a comer menos e ainda sim a viver mais e melhor.
Mas nós, despreparadas mortais, captamos essas imagens para que sejam a nossa busca de felicidade e bem estar, e isso definitivamente acaba com qualquer auto estima.
A auto estima está ligada a nossa posição frente a esse mundo, é uma questão muita mais pessoal do que externa, é como vamos nos portar diante dessa difícil e muitas vezes cruel sociedade.
Ter auto estima elevada vai muito além de gostar mais de si, é a arte de se sobre-sair simplesmente por ser quem você é. Simples assim.
Ok, não é nada simples, mas como para todas as dores da vida, é preciso paciência e auto conhecimento – outro item fundamental, mas que será assunto de um próximo post com certeza!
A paciência, vocês já sabem, é uma eterna amiga que as vezes teima em ir embora.... chame de volta, ela será fundamental para a sua vida e para sua auto estima também!
Vamos lá, vamos aprender a nos amar primeiro, vamos dar um tempo para assimilar quem somos e amar essa pessoa, e cuidar mais dela. Invisível, nunca mais!
Beijos e boa semana!

domingo, 1 de maio de 2011

Ruim com eles, pior sem eles

Ola pessoas!
Em meio ao clima de romance do casamento real da semana (inveeeeja daquela Kate), repleto de cenas de contos de fadas, juras de amor para vida inteira. Enfim, essas coisas que rondam a cabeça das românticas como eu, e que nos deixam pensando e questionando o Senhor do Universo, sobre o paradeiro do príncipe encantado. Em meio a esse clima, vem a pergunta que não quer calar: e depois? Depois que a gente casa, depois que assume uma relação, que deixa o mundo das solteiras. E depois?
Afinal, a gente sabe que homem é tudo igual! Tá, mulher também é, não vamos nos eximir da culpa! Depois que casa ou junta os trapinhos, as coisas começam a aparecer, os podres vêm a tona. Não adianta, pode ser príncipe, rei, milionário, vai ter chulé, vai roncar, vai ter mau hálito, vai ser machista, vai te trocar pelo futebol (na melhor das hipóteses!) e, fatalmente, vai crescer aquela barriguinha de cerveja.
 É aí que a gente entra em crise e fica repetindo na frente do espelho, pra nunca esquecer que pode estar ruim com eles, mas era tão pior sem eles! Sim, porque quando estamos solteiras, passamos reclamando de como é ruim estar nessa situação e quão bom seria encontrar um carinha legal pra dividir as contas.
Sempre quando começamos uma relação, tudo está perfeito, estamos apaixonados, aquele ciuminho bobo parece ser mínimo diante de tantas possibilidades. O amor está no ar, estamos descobrindo um ao outro, contando as histórias de vida, falando dos desejos pro futuro, apresentando os amigos, descobrindo como é bom estar com o outro, mesmo sem fazer nada.
Até aí é tudo uma beleza, a partir daí, quando a coisa fica séria mesmo, assumidíssima, quando ele já não é mais novidade nos almoços de família… aí certas coisas começam a aparecer. São coisas pequenas, manias, atitudes que antes não eram nada, mas que cada vez mais, começam a incomodar. Então vêm as brigas, os choros e as decepções, de ambos os lados.
A gente começa a perceber que todos os planos que foram feitos, podem não se realizar ou podem não sair bem exatamente como pensamos. Envelhecer junto, construir um patrimônio, nomes para os filhos, família grande, cachorros, férias na praia ou na serra…. tudo isso passa na cabeça da gente. É incrível como construímos um mundo perfeito, idealizamos o carinha, acreditamos fielmente que o tal príncipe chegou e nunca mais acordaremos sozinhas!!!
Não, sei como é pra vocês, mas pra mim essa fase de decepções é muito difícil. Sei que a culpa está principalmente neste romantismo que carrego. Não que as relações não precisem ter romantismo, pelo contrário, surpresas e flores não fazem mal a ninguém. O problema está na visão romântica e iludida que fazemos do outro, afinal, somos humanos, erramos, fazemos coisas das quais nos orgulhamos e outras que não nos orgulhamos tanto assim…
O que eu to querendo dizer é que a realidade é complicada de encarar e nesse quebrar dos sonhos e cair na realidade é que algumas relações terminam e que algumas pessoas ficam perdidas sem saber se ficam ou saem correndo. Ultimamente, não sei se por causa da idade avançada ou pela maturidade, tenho escolhido ficar e encarar as diferenças. Afinal de contas, se realmente quero viver pra sempre com alguém, terei que aceitar o outro como ele é, certo? Não adianta pular de galho em galho procurando a perfeição que não encontramos nem em nós mesmos.
Ai, mas é tão difícil…Admiro tanto as pessoas que estão casadas há 20, 35, 50 anos!!! Meu Deus!! Qual a receita? Casadas, please, contem pra mim!! Como é possível seguir adiante quando acordamos com um desejo incontrolável de jogar o outro escada abaixo por atitudes irreconhecíveis que nos fazem não entender o que vimos naquele ser monstruoso!!
Me contem gurias!! Compartilhem suas experiências.
Da minha parte, sigo esperando milagres, até porque o Príncipe Harry ainda está solteiro, né gurias?

Até mais!