Este blog surgiu entre conversas de “buteco”, depois de tanto ouvir as amigas falando sobre desilusões amorosas, aventuras e desventuras sentimentais, trabalhos problemáticos, destinos incertos, “amigas da onça” e demais blá, blá, blás relacionados às incertezas da vida. Resolvemos botar pra fora! Escrever um livro!! Mas... na falta de um editor que compre nossas idéias, um blog é um bom canal pra falar sobre todos esses assuntos e compartilhar com todas as gurias as agruras de sermos mulheres bem resolvidas, no séc. XXI. Sintam-se à vontade gurias e guris pra comentar os assuntos e dar sugestões!!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Revirando o baú


Olá pessoal!

Como estava o final de semana? Por aqui as coisas estavam e ainda estão, digamos, em fase de revisão, revisão de prioridades. Explico, na necessidade de fazer espaço, eu abri meu baú de velharias, coloquei tudo pra fora e comecei a selecionar o que ainda era importante e deveria permanecer, o que já não tinha mais tanta prioridade na minha vida e, ainda, aquilo que deveria voltar a ter destaque nela. 

Não sei como vocês são, mas eu tenho costume de acumular muitas coisas, sempre achando que serão importantes em algum momento, que as usarei novamente, e assim vão passando anos e essas tais coisas se tornam velharias que atravancam o caminho e, muitas vezes me impedem de ter/ver coisas novas.
Ontem, quando revisava minhas papeladas que acumulo desde o ensino médio (sim, guardo cadernos, bilhetinhos e livros desde a escola), veio à tona uma porção de sentimentos. Em cada pasta que eu abria, lembrava o momento exato em que ganhei/comprei e o que eu tinha em mente quando guardei.

Pobre dos que me assistiam fazer esse “resgate” e quase foram soterrados pela pilha de “lixo” (esse conceito de lixo hoje é discutível). Alguns papéis foram amassados e arremessados com tanta violência que se fossem pedras teriam, certamente, quebrado vidraças ou cabeças, tamanho era o desgosto que me traziam. Já outros objetos foram contemplados por minutos, renderam boas risadas e a certeza de que mereciam continuar no meu baú das memórias.
 
Adoro organizar coisas e tudo que respira tb, e assim como acumulo, gosto de passar adiante. Esse exercício de “limpeza” é muito útil e nos ajuda a lembrar de antigos sonhos e objetivos que, por algum motivo ou outro, ficaram para trás, foram “enterrados” com as demais velharias. Sonhos que nunca deveriam ter ido para o baú de memórias, mas deveriam estar na mesinha de cabeceira, para lembrarmos todos os dias dos desejos que nos moviam nos tempos iniciais.
Quando eu era mais nova, sonhava em ser jornalista e escritora, mas a vida me levou para outros caminhos, virei professora (e amo isso). Anos atrás, numa das faxinas, (re)descobri meus antigos diários, poesias e redações, e lá estava o incentivo das professoras: “parabéns, continua escrevendo assim!”. Hoje, cada vez mais, tento voltar pra esse meu antigo sonho e torná-lo realidade. Esse blog é uma sementinha, é um canal de verbalização, mas ainda tenho muitos outros passos para concretizar o sonho de menina.
Enfim, abra seu baú, abra sua cabeça, abra seu coração e pense se a vida está como você quer, se você não deixou pelo caminho algumas metas, pessoas ou desejos que, na verdade, deveriam estar do teu lado e, por outro lado, se não há algumas coisas (hábitos, pessoas, objetos) que deveriam ter sido deixadas de lado há muito tempo!
Como já dizia a Sandra de Sá: vou jogar fora no lixo!



Tchau!

PS: na onda verde, lembre-se que jogar fora nem sempre é jogar fora mesmo, às vezes o nosso lixo pode ser reaproveitado, reutilizado, reciclado, repaginado... enfim, saiba dar a destinação correta ao que não te serve mais :)

domingo, 22 de julho de 2012

Butequeiro da rodada: Graciliano Rossi

                                                       O leite condensado

Depois de séculos que a amiga Denise me cobra, aqui estou com meu traje inverno, pijama, meias por cima das calças e chinelo – nada combinando (o quadro da dor), quase duas da manhã escrevendo. A primeira pergunta que fiz foi sobre o tema a ser abordado e a resposta foi instantânea “tema livre”. Essa frase “tema livre” me fez pensar várias coisas e num misto de nostalgia me veio uma imagem da infância em que a professora pedia para fazer um “desenho livre”- com lápis de cera que eu odiava porque nunca o risco saía onde você estava imaginando pintar.
                Nessas lembranças fui reportado a um momento em que eu voltava de minha cidade natal Arvorezinha e um dos assuntos discutidos no carro foi o gosto do leite condensado. Sim, esse tema daria quase uma tese de mestrado, pelo menos para mim e para a Denise, que compartilhou da mesma sensação que a minha.
                Então, vamos ao tema, e acreditem, não se faz mais leite condensado como antigamente.
                Lembro que quando criança o leite condensado era considerado artigo de luxo, o protagonista de quase todas as sobremesas. Estranho isso, mas naquele tempo esse produto era comprado e estocado somente para momentos especiais. Ficava sempre guardado em lugares de difícil acesso para crianças porque era considerado, pelo menos por mim, como o sonho de consumo da vida e que só poderia desfrutar desse prazer quando a mãe fazia bolo e me dava a lata para rapar.
                De colher em colher eu sugava tudo sem deixar nenhum vestígio de sobra naquela lata milagrosa. Era tão bom o gosto do leite condensado. Terminado o ritual de comer o pouco que sobrou eu sempre conseguia cortar o dedo na tampa. Depois disso ficava sugando o sangue com medo te ter uma hemorragia. Você já fez isso? Se a resposta for sim vai lembrar que o sangue tem gosto amargo se comparado ao doce do leite condensado.
                Eis que um dia eu descobri o esconderijo do leite condensando. Estava eu e umas 10 latas, frente a frente. Trêmulo, fiz um pequeno furo na lata que na minha santa ingenuidade jamais poderia alguém descobrir o crime que cometi. Imagina comer um leite condensando sem ser em doces de momentos especiais, bem capaz. Dia após dia lá eu ia sugar o leite condensado por aquele pequeno furo até terminar e sentir na boca o gosto da lata. Ao terminar o líquido precioso devolvia a lata ao seu lugar como se nada tivesse acontecido e ainda na certeza que a mãe nunca iria descobrir a lata vazia.
                Essa tática também foi utilizada para o engradado de refrigerantes Fruki que meu pai guardava no porão de casa e que no domingo uma garrafa era dividida entre os irmãos. Gota a gota o refri era igualmente divido. Dessa vez o instrumento para furar a tampa era um prego. Eu bebia aquele refri durante quase uma semana (quente e sem gás). Uma delícia, a sensação era ótima,mas nada comparado ao leite condensado.
                Hoje, não me resta dúvida que o leite condensando tinha um gosto diferente. Já tentei aplica-lo no pão, no bolo, direto na boca e também no sexo, porém,ele nunca mais foi o mesmo daquele de outrora.  Talvez o gosto era tão somente de inflação ou de proibido, não importa. O que sei é que quando os sentimentos estão a flor da pele é que somos remetidos a nostalgia e assuntos tão bobos nos vem a cabeça.
Nem tô!
Me diga:
- O que seria da vida sem o gosto da saudade?

segunda-feira, 16 de julho de 2012

MEU FUNERAL



          Calma, gente. Não estou pensando em me matar, nem descobri uma doença terminal.
        Inspirada em uma aula de Direito Civil, aprendendo sobre Codicilo, nome técnico dado a um tipo de testamento, no qual pode-se deixar escrito, por exemplo, detalhes sobre como gostaríamos que fosse nosso funeral. Pode parecer um pouco tétrico este assunto, mas acho que temos que encarar isso de forma prática.
          Então, após o professor dar conceitos, exemplos, etc, comecei uma conversa com o colega ao lado dizendo que queria que no meu velório tivesse umas cervejas para servir aos amigos e familiares, se fosse verão, ou, uns garrafões de vinho, se fosse inverno. rs Também gostaria que tivesse uma trilha sonora com minhas músicas preferidas e balinhas e chicletes espalhados pela sala.
       Meu colega, um pouco surpreso, assustado e achando graça ao mesmo tempo, disse que achava que ia acabar numa bebedeira ou que não ia ter clima nenhum pra isso.. Respeito sua opinião, mas acho que os mais próximos iam acabar entrando na onda do meu “pedido”. hehe  
          Lembro bem que a saudosa/louca Dercy Gonçalves disse que queria ser enterrada em pé (e foi) – muito bizarro. rsrs Uma simples procura no Google, você consegue encontrar as fotos do funeral dela (não vou postar aqui para não impressionar os mais vulneráveis com o assunto).
        Embora “a morte seja a única certeza da vida”, respeito quem não goste ou não consiga encarar esses momentos. Eu mesma tenho muita dificuldade. É sempre triste, difícil, dolorida a perda de alguém, mas enquanto não chega o momento, melhor tentar encarar numa boa.
        E se alguém lembrar desse post quando chegar a minha vez, pode colocar em prática as dicas. Hehehehe
          Beijos e um brinde à vida!


domingo, 8 de julho de 2012

Urgência Emocional??


       Por que será que temos tanta pressa? O tempo foi inventado exatamente para nossa organização, mas passamos a vida correndo contra ele, como se o tempo fosse um inimigo. Penso ao contrario. Tempo é amigo. O tempo é o guardião das memórias, das lembranças. Li numa crônica dia desses uma frase que faz todo sentido:o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções.” O tempo realmente não cura, ameniza. Ele  não nos deixa esquecer o sofrimento, apenas tira-o do primeiro plano. Ele sabe exatamente onde colocar nossas dores com o seu passar. Assim como obscura coisas ruins, ele também nos traz boas surpresas, da sempre um jeitinho de desmascarar situações, mostrar sorrisos verdadeiros e tornar os dias mais iluminados.
É com o passar dele que a gente aprende. Aprende o que? Tudo. Aprende que o tempo leva a traz pessoas da nossa vida, e que faz isso com fortes razões. Ele cria e destrói sentimentos a amizade é o mais verdadeiro e a paixão, por exemplo, talvez ate o mais traiçoeiro mas cada um com sua importância e peso. Somos urgentes em usar o tempo a nosso favor, e sequer nos constrangemos quando exigimos  atitudes e posturas das outras pessoas que, provavelmente não tiveram tempo ainda para se definir se estão dentro ou fora. Podemos culpá-las por isso?
Nossa urgência emocional nos mostra, a cada dia, que não sabemos lidar com o tempo de cada um. Um amor não correspondido não foi perda de tempo, mas sim o encontro de duas pessoas em tempos diferentes.É a pressa para que a paixão vire eu te amo, que a curiosidade vire cumplicidade. Definir: é ficante, passante, namoro, amizade, paixão ou seja lá o que. Pressa. Pressa em desocupar lugares, criar identificação e estabelecer regras.
Esquecemos que embora não tenhamos todo o tempo do mundo, nada melhor para os sentimentos do que o tempo, e tempo requer paciência. Paciência em aprender a viver um dia de cada vez, respeitando o tempo dos outros, aproveitando o seu tempo para se conhecer.
Se tudo era para ontem, sugiro que os sentimentos sejam para o agora.  E que você aprenda a controlar as urgências do seu coração.

Beijos, e até a próxima!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Desastrados S.A.



Ola pessoal!
O título do post já dá a dica do assunto do dia: desastrados, ou melhor, gente desastrada. Você é assim? Eu também!
Bem vindos ao grupo, queridos desastrados. Só nós sabemos as agruras e alegrias de ser como somos! Quando tentamos fazer algo com perfeição, mesmo munidos de calma e tranquilidade, sempre cometemos um deslize e revelamos nossa natureza nada sutil, mas cômica, por consequência. Ok, nem sempre é divertido pra gente, muitas vezes é doloroso e sentimos no próprio corpo, mas para quem assiste de fora é muito engraçado.

Mas eu só queria pegar o melhor ângulo!
O que define uma pessoa desastrada? Essa é fácil! Vamos aos indícios: tentar fechar uma garrafa de água e o líquido saltar em você, molhando sua roupa todinha; tentar colocar/tirar o fechinho do brinco e perdê-lo; cortar a carne no prato e derrubar o resto da comida na mesa ou no colo (God!); caminhar pela rua tranquilamente e dar um “tropicão” numa pedra ou virar o pé e quase cair; passar pela porta (algo totalmente fácil) e “deixar” o braço na lateral desta; não conseguir manter o seu material escolar em cima da mesa, derrubando o tempo todo, a caneta, o lápis, a borracha... E por aí vai.
          Não é irritante quando as pessoas ficam tirando sarro de você por causa disso? Dá uma raiva quando escuto frases do tipo:
“tinha que ser ela!”
“não deixa ela levar isso não, vai quebrar!”
“guria, te concentra!”
“minha filha, faz isso com calma!”
“vê se não tropeça, hein?!”
A zoação é tanta que no fim das contas acabamos rindo junto e fazendo piada da nossa própria sina.
Opa, opa, opa, fooooi!
     Se as pessoas soubessem o quanto a gente se concentra, treina, foca pra não errar, mas não adianta, a natureza sempre vence... Quando entro numa loja dessas de decoração, cheias de cristais, de vasos caríssimos, me dá uma aflição, um desespero, fico com vontade de sair de lá correndo. Tento não pegar nada, pra não dar sorte pro azar. E quando a gente vai numa festa? Vixi! Passar por um corredor de gatinhos é algo angustiante, fico sempre tentando me concentrar, mas não tem jeito: eu tropeço ou bato sem querer em alguma pessoa ou piso no pé de alguém ou, na pior das hipóteses, caio um tombo bem bonito, de preferência na frente do carinha mais gato do lugar!
O desastrado sempre foge das ideias de jerico ou girico, porque ele sabe que ele é quem se dará mal no final das contas. Assim, muitos passam anos escondidos, fugindo de coisas arriscadas, aventuras perigosas, tendo sempre presente aquela frase: "isso não vai dar certo!"
     Sabe que quando eu era criança rezava pra crescer e ver essa fase acabar, mas quando o tempo passou... no way, tudinho igual. Senhor, dai-me forças! Costumo dizer que na minha cabeça eu sou um delicado Chiuaua, mas na verdade não passo de um gigante São Bernardo tentando passar pelos menores lugares e não fazer estragos, ou seja, impossível, não combina! Isso, sem entrar no mérito das coisas que falamos na hora errada e dos furos que damos com pessoas que mal conhecemos...Shiiitt! Deixa quieto!
           Enfim amigos patetinhas como eu, não se reprimam, não fiquem se sentindo mal por não conseguirem fazer atividades cotidianas sem provocar pequenos acidentes, vocês não estão sozinhos! Somos muitos por aí! Além disso, o lado positivo dos desastrados é que nós nunca nos levamos muito a sério, porque já sabemos de antemão que não somos perfeitos. Não deixem de fazer coisas que desejam por medo do que pode dar errado, nao deixem de andar de bicicleta, dirigir, fazer ioga, futebol, saltar de bungee jump. Tudo vai dar certo ou....pelo menos do chão a gente não passa!
         Então, levantem a cabeça e pensem comigo: a alegria do circo é o palhaço, então sejamos sempre a alegria, senão a nossa, pelo menos a alheia!
        O que? Você está duvidando do seu potencial cômico? Então fique com essa pequena coletânea de paspalhices e abobadices, duvido você assistir todo vídeo sem dar pelo menos uma risadinha:


Abraços e até a próxima!