Este blog surgiu entre conversas de “buteco”, depois de tanto ouvir as amigas falando sobre desilusões amorosas, aventuras e desventuras sentimentais, trabalhos problemáticos, destinos incertos, “amigas da onça” e demais blá, blá, blás relacionados às incertezas da vida. Resolvemos botar pra fora! Escrever um livro!! Mas... na falta de um editor que compre nossas idéias, um blog é um bom canal pra falar sobre todos esses assuntos e compartilhar com todas as gurias as agruras de sermos mulheres bem resolvidas, no séc. XXI. Sintam-se à vontade gurias e guris pra comentar os assuntos e dar sugestões!!

segunda-feira, 19 de março de 2012

Poupando palavras



“Os gestos contam coisas, os olhares antecipam. Atitudes valem mais do que declarações de amor – e não podem ser substituídas ou consertadas por palavras.”

Procuramos homens de atitudes. Boas atitudes, claro. Coragem deveria ser virtude nata ao homem.
Me pego pensando em como uma
atitude faria a diferença em certos momentos da vida. Da minha vida com certeza.
Naquela noite, quando ele me tirou para dançar deveria ter dado um beijo nele e tudo teria sido diferente. Se eu não tivesse tido coragem de ir até lá teria perdido uma noite incrivel. Se eu tivesse tido coragem de admitir o desgaste e não tivesse medo do orgulho ferido
teria evitado muito sofrimento
Quando li a frase citada acima, pensei em como nossa falta de atitude nos deixou perder coisas pelo caminho... se boas ou ruins, não tivemos sequer a possibilidade de tentar, porque por uma
falta de atitude deixamos passar. Como saber se aquele cara não era o certo, se sequer permitimos uma aproximação, cortamos a atitude de falar com ele, de ouvir o que tentava nos dizer enquanto não tirávamos o olho do bonitão sarado.
E quando aquele carinha fofo que você ficou não te ligou no outro dia, como sempre dizem que vão ligar, qual sua atitude? Aposto que você não liga, tampouco manda um SMS. Não ligamos e sabe porque? Porque embora vivendo numa sociedade contemporânea, fomos educadas quase como na época das cavernas, aonde somente os homens iam atrás das mulheres – buscavam-nas pelos cabelos, arrastadas - temos intrínseco em nosso pensamento e criação de que cabe aos homens tomarem a iniciativa bem como que as atitudes devem partir sempre deles também. Não estou dizendo mulheres, que nós devemos SEMPRE tomar a iniciativa... mas afirmo que ter atitudes nos permite sermos mais donas do jogo, amplia nossa participação nas decisões finais ficar inerte nos faz perder grandes oportunidades.... Se isso é certo, nao sabemos, a única coisa que eu sei é que entre o certo e o errado existem um bando de coisas as quais não cabem em parâmetros pre estabelecidos.

Oportunidade de conhecer melhor uma pessoa legal, oportunidade de fazer um programa diferente, de ter uma noite especial com alguém inesperado ou ate mesmo de consertar um erro cometido.... Corrijam-se com atitudes e não com palavras ou promessas.
Perdemos tanto tempo com convenções que acabamos esquecendo da essencialidade de fazermos algo. Atitudes fazem a diferença. Se tiver vontade de falar, ligue. Se tiver vontade de ir junto, entre no carro e vá. Se quiser falar a verdade, olhe nos olhos. Se você tem oportunidade, faça. Não tenha medo de tomar atitudes verdadeiras, atitudes que façam seu coração vibrar. Poupe palavras e exagere nos gestos e demonstrações, demonstrar amor/sentimentos não faz mal, não dói, não tem contra indicação. E caso não dê certo, ao menos você tentou a vida é para quem corre riscos também.

Fica a dica – poucas palavras e muitas atitudes!

domingo, 11 de março de 2012

O que é amar?


Esses dias li num daqueles arquivos compartilhados do facebook a seguinte frase: “é fácil dizer eu te amo, difícil é amar de verdade.” Pois é!! Então fiquei pensando sobre o assunto e me veio à mente algumas memórias de quando era adolescente e conversava com minhas amigas, sobre o primeiro amor e a gente se perguntava como saber se estava amando de verdade ou não. Lembrei de como esperávamos que o carinha dissesse “eu te amo” e como era dolorido quando a gente dizia a tal frase e recebia um “te adoro” como resposta! Putz! De chorar no cantinho!!

               Enfim os anos vão passando a gente vai aprendendo com a vida, mas esse questionamento sobre o amor eu ainda me faço. Será que sempre é amor? Será que a gente sabe mesmo amar? Mas afinal, o que é o amor?
              Tem aquelas pessoas que a gente sabe que ama, porque só de pensar em perder dá uma falta de ar, tipo avós, irmãos, pais e filhos. Lembro que quando era criança ia passear no centro com a minha mãe, ela me levava nas lojas e a diversão que eu encontrava era me esconder entre as araras de roupas! Era uma ótima sensação aquele cheiro de roupa novinha, mas o que não era nada legal era sair de um esconderijo de roupas e não achar minha mãe... nossa que desespero (!), imediatamente o coração começava a bater apressado, dava uma pressão na cabeça, parecia que ia morrer! Cadê minha mãe?! Ufa! Então ela aparecia e me dava uma bronca e estava tudo bem, que alívio!
                Voltando aos questionamentos, quando li a tal frase, fiquei me perguntando e querendo entender os sintomas que decretavam se uma pessoa estava amando (como a investigação de uma doença). Foi então que recorri à forma mais pura de amor: o amor materno/paterno. E olhando essa estranha e aparentemente irracional situação eu percebi que o amor é feito, principalmente, de escolhas. Sim, escolhas! Os pais escolhem amar os filhos e os filhos escolhem amar os pais. Não tem nada de irracional.
A irracionalidade pertence à paixão, porque quando a gente se apaixona fica cega, tonta, burra, surda, muda (que o diga a Shakira: http://www.youtube.com/watch?v=B3gbisdtJnA !!!), mas quando a paixonite vai passando temos que tomar uma decisão: ou fica ou vai. Se apaixonar é fácil, arrisco a dizer que é possível se apaixonar a cada dia, a cada semana, mês, mas amar, amar mesmo, realmente é difícil.
Quando uma mãe decide ter um filho, ela está escolhendo, optando entre continuar um ser livre, sem dependentes ou ser uma pessoa que terá alguém com quem se preocupar pelo resto da vida, alguém que será sempre prioridade. E mesmo quando a gravidez não é planejada, o casal tem a escolha de ficar ou não com a criança e isso envolve outras pessoas ainda: as que escolhem adotar uma criança! Quer maior prova de que o amor é repleto de escolhas?!
Vocês podem me dizer que o amor é renúncia, é cegueira, é doação, mas eu vou dizer que antes de tudo houve uma escolha. Eu opto por trocar tudo que tenho em nome de um homem, em nome de meus filhos, em nome dos meus pais. Eu opto por fechar meus olhos diante de um amor não tão perfeito, mas que me dá segurança e tranqüilidade, fechar meus olhos diante dos erros do meu filho e não compará-lo com o filho dos outros. Eu escolho doar meu tempo, meu dinheiro e meus pensamentos para alguém que muitas vezes não tem nenhum laço de parentesco comigo.
Eu opto por não comparar, eu não estou cega, eu não sou conformada, mas eu simplesmente optei por não desistir de alguém, até porque se você for pensar, a opção mais fácil é ficar sozinho (a), livre de responsabilidades para com o outro, só eu mesmo e meu umbigo. Mas nem sempre é a opção mais feliz ou a mais gratificante.
Ufa! Pra terminar eu diria que pra saber se você está amando alguém ou se aquela pessoa determinada já faz parte do teu pequeno ou grande círculo de amores, você deve pensar quantas escolhas você fez por ela ou quantas escolhas você está disposto a fazer em benefício de alguém ao ponto de que sua vida possa estar em segundo plano.
E o que vocês acham? O que é amar na opinião de vocês, guris e gurias butequeiros?
Deixo pra vocês uma música que eu adoro do Legião Urbana que acho que fala um pouco disso também:




Abraços!

domingo, 4 de março de 2012

Toda escolha, uma renúncia.


          Temos sempre muitos caminhos a escolher durante a vida. Algumas escolhas são mais dolorosas, outras nem tanto. Mas cada escolha requer uma renúncia. E, assim, passamos a vida toda escolhendo e renunciando a alguma coisa.
          Tem horas que são difíceis e dolorosas, mas sempre nos fazem crescer, amadurecer e aprender com cada decisão. Às vezes temos de abrir mão da comodidade de casa para buscar algo novo, saímos para estudar, para buscar um emprego novo, para fazer uma aventura, para começar um casamento. Às vezes temos de abrir mão de nossa vida pessoal em contraposto à profissional e, talvez esta, embora muito comum hoje em dia, é uma decisão muito dolorida, que traz conseqüências para o presente e para o futuro.
          Eu venho abrindo mão de minha vida pessoal há alguns anos já, em nome e em busca da tão sonhada realização profissional e estabilidade econômica. Pois bem, a dúvida toda começa a pairar quando os resultados não chegam na velocidade que se quer e se espera. E essa dúvida é no sentido de saber se vale a pena essa abnegação de uma parte da vida (muito importante por sinal) em função de outra parte da vida (também muito importante). Eu sei que como tudo, o meio termo seria o melhor, mas as coisas não funcionam assim.
          Abrir mão de festas, do convívio intenso familiar, das amigas e amigos, de horas a menos de lazer, de um namoro. Aguentar pessoas te criticando, duvidando de tua capacidade, tudo para concretizar sonhos maiores.
         O caminho é sinuoso e cheio de buracos na estrada, mas a cada dia me convenço mais de que no final vai valer a pena. Acredito que a satisfação de terminar/alcançar um trabalho, projeto profissional é extremamente compensadora.
          Nesse sentido, a mensagem que quero que fique é para que, por mais que às vezes o caminho que estamos trilhando parece insustentável, não desistam. É hora de respirar fundo, parar, analisar a situação calmamente e seguir adiante, por mais que, algumas vezes, isso pareça totalmente desanimador.
          Viver é correr riscos, é abrir mão de algumas coisas para poder obter outras e isso exige coragem para prosseguir atrás de nossas escolhas.