Este blog surgiu entre conversas de “buteco”, depois de tanto ouvir as amigas falando sobre desilusões amorosas, aventuras e desventuras sentimentais, trabalhos problemáticos, destinos incertos, “amigas da onça” e demais blá, blá, blás relacionados às incertezas da vida. Resolvemos botar pra fora! Escrever um livro!! Mas... na falta de um editor que compre nossas idéias, um blog é um bom canal pra falar sobre todos esses assuntos e compartilhar com todas as gurias as agruras de sermos mulheres bem resolvidas, no séc. XXI. Sintam-se à vontade gurias e guris pra comentar os assuntos e dar sugestões!!
Não acho fácil detectar felicidade... quando acho
que a encontrei, na realidade ela já passou. Perdi o momento, foi rápido.
Impossível sim é ser feliz o tempo inteiro, somos movidos por momentos felizes,
para alguns rotineiros outros nem tanto. São os pequenos momentos felizes, que
nos fazem a vida valer a pena. Qual a tua capacidade de encontrar a tal
felicidade? Como encontrar algo tão belo, forte e sutil ao mesmo tempo? Ela
esta ali, exatamente onde a deixamos, logo atrás daquela briga, daquela lágrima
de tristeza, daquelas desculpas... Ali, tão pequena e frágil que
escorrega entre os dedos , mas que logo estaremos em seu encalço.
Pra toda felicidade também há um pouco de loucura.
Haverá paraíso sem perder o juízo?
Coragem é preciso dela para sair da zona de
conforto e enfrentar um mundo cheio de obstáculos capazes de transformar a vida
num campo de batalha. Mas temos vocação para a felicidade, e é preciso ir ao
encontro dela, onde quer que esteja.
Apenas não coloque sua felicidade no outro, ou em coisas inalcançáveis, embora o impossível seja atraente, é provável que ela não fique lá por muito tempo... Seja feliz por si, com o outro, pelo
outro, a sós, a dois, a três...
Vá ao encontro do que te faz bem, valorize quem te
faz sorrir, quem realmente está ao seu lado porque quer, divirta-se ao lado de quem você
gosta, compartilhe lágrimas com quem merece, se você está com saudades ligue,
não rotule seus relacionamentos, eles vão seguir o caminho que você trilhou. Se
ele te magoou, deixe-o ir, quando a coisa termina, termina. Se você o ama,
demonstre, só nunca esqueça que amar sozinho é impossível.
Faça coisas que te dão prazer, isso envolve boas
companhias e boas escolhas, aja mais e dê menos satisfação, cuide
do seu sorriso e do seu coração.
E os protestos? É, diante do que anda acontecendo nas nossas ruas, impossível falar de outro assunto. Afinal eles são, sem dúvida, assunto nos botecos da cidade.
Eu poderia listar uma série de motivos
para não ter participado (ainda) das manifestações que andam ocorrendo: tenho aula a noite, trabalhei o dia inteiro ou estou
trabalhando e blá, blá! Mas o fato é que todos motivos seriam desculpas!
Fiquei pensando no porquê de eu não
estar lá no meio, se em outros tempos eu com certeza colocaria a boca no mundo
e protestaria (na época da faculdade, sempre fui aquela que não hesitava em
falar), então me dei conta que ando sem esperanças, ando cansada de tanto
reclamar e reclamar, tentar fazer tudo certo e não conseguir mudar nada.
Cansada de ver tanta corrupção, tanta injustiça, tanta cara de pau!
Pois é, e ultimamente nem o voto consciente
te ajuda, porque até aquele político que você, a princípio, considerava o
melhor, te decepciona e quando chega ao poder mostra seu lado B!
Assim, percebi ao ver meus
compatriotas na rua, que com o passar dos anos, eu parei de protestar, de ir
atrás dos meus direitos, ficando cada vez mais acomodada. Chegou num ponto que eu desisti
de reclamar da conta de celular, que veio com um valor abusivo, só porque a
ideia de ficar pendurada num 0800, esperando horas pra tentar (e não necessariamente
conseguir) resolver um problema, já me deixava com raiva (aliás, algumas vezes
tenho quase certeza, de que o operador de telemarketing do outro lado da linha,
está rindo da minha cara, toda vez que a “ligação cai”).
E se fosse uma mercadoria, seria algo que ninguém
gostaria de comprar, porque são muito precários!
Porém a ironia está no fato de
que eu sempre ensino aos meus alunos que devemos ir atrás dos nossos direitos,
devemos batalhar pelo que acreditamos, pois cada um precisa fazer a sua parte,
ainda que, aparentemente, pequena... e, naquela momento, eu não tive coragem e
nem forças para ir às ruas e passei ao largo dos manifestantes!
Quando cheguei em casa me senti
envergonhada por estar no conforto do meu lar, enquanto meus compatriotas
lutavam por um país melhor. Percebi que não estava exercendo o meu papel de
cidadã, mas estava apenas agindo como uma usuária da minha cidade, que usufrui
o que está disponível, reclama quando não gosta, mas não tenta mudar.
Enfim, graças aos que tiveram
coragem de ir às ruas, sinto que a esperança está voltando, me sinto mais forte
pra lutar pelos meus direitos. Mesmo que muitas pessoas ainda não tenham essa consciência
do que estão fazendo e apenas comparecem às ruas, mesmo assim, acredito que já
vale a pena, como um início, uma tomada de consciência.
Acredito SIM na união para a mudança!
Digo isso, porque falamos tanto
em cidadania e nos esquecemos do que realmente é ser um cidadão, esquecemos que
temos direitos e deveres e, dentro disto, podemos e devemos participar da vida
na nossa cidade e intervir nas decisões, sempre que possível. Assim, agradeço
aos que estão nas ruas manifestando-se, por lembrar a todos nós o significado
dessa palavra.
Só tenho uma ressalva,
direcionada aos que não querem ou não sabem o que é cidadania e são oportunistas,
se aproveitando dessas caminhadas pacificas, para cometer os atos estúpidos de vandalismo,
saques e violência contra outras pessoas.
Não gosto de violência, de onde
quer que ela venha.
Temos o direito de nos manifestar, estamos conquistando
novamente algo que sempre foi nosso, mas para isso, temos que respeitar o
direito dos outros!
Buenas, as ruas são do povo, mas
principalmente, elas são para todos, portanto, todos devem sentir-se seguros em
estar nelas.
A coisa tá tão séria que alguns desistem de sair
de casa, por medo da violência.
Como dizem por aí, o gigante acordou e isso me fez lembrar a
propaganda do Johnnie Walker e, me desculpem os que são mais críticos quanto às
propagandas sensacionalistas, mas deu vontade de que postar aqui pra finalizar esse texto. Independente do período em que foi feita, acho que está retratando um momento atual!
Ah! Só mais uma ressalva: o
gigante acordou, estamos caminhando, mas é preciso que a gente saiba para onde
está indo! Protestar por protestar, tomar as ruas, pode ser válido num primeiro
momento, como mobilização, mas se não nos direcionarmos aos órgãos corretos, se
não nos organizarmos, não adiantará de nada e as palavras cairão no vazio.
Noites cheias de gente vazia. Foi
assim que defini as últimas baladas que fui. A impressão que tive é de que as
festas ultimamente são bolhas gigantes de ar. Basta você espetar um palito que
puffff - murcha tudo.
As meninas (normalmente aquelas
novinhas que estão começando a sair) parece que vão todas de uniforme, o que
podemos traduzir atualmente por um vestidinho (inho, inho, porque mal cobre a
bunda) fechado a vácuo (como diz uma amiga minha), um salto bem alto (já soube
de pessoas da alta sociedade barradas em festas da suposta “alta sociedade” por
não estarem usando salto alto – tão absurdo que não merece maiores comentários)
e uma maquiagem tchãm. Os meninos, como sempre, a primeira roupa que vêem e um
gel no cabelo, muitos com penteado imitando algum jogador de futebol, fácil,
fácil.
Mas o que me fez chegar à
conclusão acima não foi o modo de vestir das pessoas e sim suas atitudes. Ficar
com alguém hoje é a maior barbada, basta você olhar um pouco que a coisa já
funciona. É só você estar disposta a simplesmente beijar na boca (e às vezes
seguir a viagem até o motel).
A impressão que tenho (ou
constatação) é que os caras chegam e primeiro te beijam, depois perguntam teu
nome, quanto muito o diálogo vai até o que você faz da vida. Isso é tão
vazio... não vejo mais altos papos e risadas. Não há mais aquela conquista,
você não consegue se surpreender com um cara que, aparentemente, não é muito
bonito, mas te faz dar boas risadas e parece ser uma boa companhia, porque esses
garotos (e homens já feitos também) não sabem mais fazer isso, talvez por ter
tanta mulher disponível se estapeando por um, ou, porque realmente são vazios.
É uma triste constatação. Bons
tempos aqueles que você saía e conhecia pessoas nas baladas. Hoje não se
conhece ninguém, hoje se beija. Hehe Não que seja totalmente ruim, só que é
apenas físico, não toca, não faz rir sozinha com a lembrança de alguma coisa
que o gatinho disse, não emociona, não faz querer repetir a dose.
Olá, pessoal!
Essa semana seria a rodada de algum convidado, mas, como não consegui nenhum, vou postar um texto do site "casal sem vergonha" sobre os sonhos e sua realização.
"Já perdi as contas das tantas vezes que
ouvi alguém falando, com o peito estufado, o quanto sonhava em fazer
algo. Até aí, tudo bem, afinal, toda e qualquer realização começa com um
simples sonho, não é mesmo?
Já escutei amigos dizendo que queriam
viver do surfe e, como manda o figurino de um bom camarada, eu os apoiei
com todos os olhares de “vai dar certo”. Emprestei para eles um pedaço
de parafina, a minha prancha toda, o repelente contra tubarões, a
companhia no mar estupidamente gelado e os melhores conselhos que pude
tecer, mas logo percebi que nada disso adiantaria, porque não há
incentivo que vença o medo. O mundo está cheio de gente que morre de
medo de tentar verdadeiramente, de gente que deixa prevalecer um enorme
pavor das possíveis frustrações advindas daquilo que nem sempre acontece
como planejamos. E pior: descobri que aquela vontade toda dos meus
amigos em fazer do surfe um ganha-pão não era nem sequer um sonho, e sim
uma utopia confortável, escolhida pelo simples fato de ser impossível
de ser alcançada por alguém que não estava realmente disposto a virar a
mesa ou levantar a bunda da areia fofa.
A “frustraçãofobia” não é algo exclusivo
desses amigos que hoje nem surfistas de tábua de passar roupa se
tornaram. É um medo demonstrado todos os dias através das falas daquelas
pessoas que vivem dizendo que querem conhecer alguém interessante e que
nem de casa saem para criar a chance de isso acontecer. E, quando saem,
nunca dizem nem um sucinto “quer jantar comigo?” para aquela garota
interessante, com medo da possibilidade de receberem um ainda mais breve
“não”. O mesmo acontece com aqueles que dizem querer emagrecer, mas
nunca abrem mão dos cinco pedaços de pizza em uma refeição, ou com as
pessoas que querem tocar melhor do que o Jimmy Hendrix, mas morrem de
preguiça de treinar os acordes básicos.
E para piorar o cenário, há ainda os
desmotivadores de sonhos. Muitos disseram que se eu fosse um escritor,
eu correria grandes riscos de um dia acordar junto com alguns mendigos,
sem dinheiro e com meus garranchos perdidos entre jornais velhos e
amassados. Talvez isso realmente aconteça e pode ser que eu acabe a vida
lendo poemas em troca de míseros trocados, mas só conheço um jeito de
talvez provar que aqueles que não acreditaram em mim estavam errados:
aceitando o risco iminente dos muitos “nãos”, “você é um merda” ou
“enfia esse livro no cu” e até “minha priminha de cinco anos escreve
melhor do que você”.
Sonhar é bom, sei que é, mas preste
muita atenção nos seus sonhos e veja bem se eles não são utopias, atrás
das quais você se esconde para evitar as frustrações naturais da vida.
Pense que nada será inatingível se você realmente quer atingir. Eu, por
exemplo, sonhava em escrever um livro, e hoje não sonho mais. Sabe por
que? Porque sentei a bunda na cadeira e, enfim, escrevi. Varei
madrugadas, deixei de aparecer em festas e peguei até gripe de tanto me
alimentar somente de papel e pensamentos. Mas eu fiz. E, felizmente,
aprendi que o gosto da realização é muito mais saboroso do que o aroma
não palatável de qualquer sonho."