Pra repetir o super sucesso de seu post anterior, Pati vem arrasando nesse novo texto. Curte só!
Nunca
diga nunca
Patrícia Gastmann
Sempre fui adepta de
criticar somente após experimentar. Mas mesmo assim tem coisas que nunca iria
fazer, outras que nunca iria comer, e outras ainda que nunca iria usar. E
falava em alto e bom tom, com autoridade e convencida que nem sob o meu cadáver.
Um
belo dia conversei com uma menina que eu nunca tinha ido com a cara. Coisa do
destino, porque jamais iria puxar conversa com aquela
loira-oxigenada-convencida-falsamagra-forademoda, e não é que ela puxou assunto
comigo. Respondi com cautela, mas logo me entreguei ao bate-papo e nem doeu.
Uma querida, quando preconceito meu.
Com
a cor roxa aconteceu assim, nunca antes vista no meu armário, me remetia a cor
de bruxa e logo a algo tenebroso. Foi só ela entrar na moda e estampar todas as
vitrines da cidade que lá fui eu comprar minha primeira blusa roxa. Caso de
vida ou morte, não poderia mais viver sem algo roxo no armário. Isso aconteceu
com o marrom também, admito. E o meu cabelo, bom esse era virgem, e iria morrer
sem experimentar o pecado das tintas. Após muita resistência me entreguei as
mechas loiras. E cuidado isso vicia, já estou planejando a próxima coloração.
Lembra
na adolescência, quando o maior mico era quando os pais nos largavam na frente
da festa, e a gente pensava que nunca iria fazer isso com nossos filhos. Hoje
parece impossível, como saber se seu filinho entrou mesmo na festa, se chegou
são e salvo ao destino. Deixá-lo na esquina? Nem pensar, tem muitos marginais
por aí. Como mudamos com o passar dos anos.
E tem ainda aqueles nunca carregados de
pessimismo. Sempre achei que nunca iria usar tamanho P, estava eternamente
fadada a pedir o tamanho G, e caso não tivesse, bom, daí era sair da loja e me
conformar. Muito tempo depois me vejo usando uma blusa tamanho P e uma calça
42, quem diria.
Depois que aprendi que mudar
de ideia não era crime, me libertei. E achei tão digno isso de mudar de ideia,
quer atitude mais carregada de reflexão, humildade e de sabedoria. Repito a frase do Barão de Itararé (conforme
google) “Triste não é mudar de ideia. Triste é não
ter ideia para mudar.” É tão lógico, alem de filosófico.
Hoje
quando escuto alguém dizendo a palavra nunca, sinto pena. Pena de tudo aquilo
que ela vai deixar de aprender, de sentir fazendo, pena do pessimismo. Pobre
alma se limitando em vida, não se permitindo umas das coisas mais gostosas da
existência... experimentar! O gosto doce do desconhecido, tudo bem às vezes
amargo e ruim como gosto de alguns legumes que nunca, quer dizer, espero não
sentir mais o gosto.
Adorei o texto prima!! É realmente mto bom a gente ter o poder de escolha e mudar de ideia sem grilos...
ResponderExcluirMas e aí....já que tu estás mudando de ideia assim tão facilmente, que tal irmos naquela sorteveria e tu NÃO pedir aquele sorvete de menta com chocolate, só pra variar! hehehehehe
Bjs
Paty!
ResponderExcluirMuito bacana o texto. Mudanças de idéia são a forma mais humilde de dizer que repensamos. Mudar para melhor é a prova viva de que todos podemos evoluir, crescer e ter a capacidade de admitir que errou, que tinha pre conceito e mudar é uma das grandes maravilhas da vida!!
Parabens amiga!
Verdade prima, faltou o sorvete de menta... mas vou me defender que já experimentei outros sim e ele é o melhor... hehehehe!
ResponderExcluirbeijo gurias