Este blog surgiu entre conversas de “buteco”, depois de tanto ouvir as amigas falando sobre desilusões amorosas, aventuras e desventuras sentimentais, trabalhos problemáticos, destinos incertos, “amigas da onça” e demais blá, blá, blás relacionados às incertezas da vida. Resolvemos botar pra fora! Escrever um livro!! Mas... na falta de um editor que compre nossas idéias, um blog é um bom canal pra falar sobre todos esses assuntos e compartilhar com todas as gurias as agruras de sermos mulheres bem resolvidas, no séc. XXI. Sintam-se à vontade gurias e guris pra comentar os assuntos e dar sugestões!!
Bem
ao certo não sei a resposta. Alguns devem ter vindo a passeio (rs), uns mais
acanhados, outros menos, alguns com um destaque maior, outros menor. Têm as
pessoas que são “do bem”, as que são “do mal”. Têm os tímidos, os cegos, os
loucos, a perua, o extravagante, o pobre, o rico, o nerd, o beberrão, a
piriguete, o juiz, o assassino, o ladrão, mas acredito que cada um de nós tem uma
missão nessa passagem.
Acho
que o difícil é descobrir e (muitas vezes) aceitar a missão que lhe foi dada. Alguns
vieram para amar, outros para ser amados. Há os que têm o encargo de ensinar,
os que têm de aprender. Para uns a incumbência de dizer a verdade, para outros
a de fazer sorrir, de aliviar a dor, de acolher, de estender a mão, de salvar,
de dar paz aos outros, entre tantas outras milhares de funções que cada um, de
sua forma, vem trazer ao mundo a sua colaboração.
Tenho
escutado muito as pessoas, deixando-as falar e falar. Tenho também observado
bastante suas atitudes. Tenho ME observado e prestado atenção nas conclusões
das pessoas quando espontaneamente falam algo sobre nós mesmos.
Nessas audições e observações acho que entendi
a minha missão e tenho feito despretensiosamente o melhor que posso para cumpri-la
da forma mais natural possível. Não cabe aqui falar qual eu acho que é. O importante
é que eu a aceitei.
Não
sei se é bom ou ruim saber qual é a nossa missão. A mim não incomoda, mas também
não vivo exclusivamente para isso. Identificar a que melhor servimos, para quê
viemos a esse mundo, por si só não é uma tarefa fácil. Exige saber de si, exige
doação, erros, acertos. Exige viver!
Tem tanta coisa passando pela minha cabeça neste momento. Com tantas coisas para acontecer, mudanças que
não sei se dará certo, um pequeno nó na garganta, a espera... e ai me pego pensando na minha infância... ahh que saudades...
Se responsabilidade só vem com a maturidade, sinto-me uma
velha. O tempo passou e tenho a impressão que minha vida andou parada durante
muito tempo.
Sinto saudade da infância. Daquele tempo onde minha maior
preocupação era não perder o horário do jantar. Onde a rua da nossa casa era o
local perfeito para as brincadeiras, não tinha dia, hora, nem tempo ruim que
nos afastasse da galera.
Tudo era motivo de comemorar. Acordar cedo para ir à escola,
era só para rever os colegas e contar as novidades. Um dia quente era a certeza
de um belo passeio. Uma tarde chuvosa era a certeza de um pote de bolinhos de
chuva coberto com açúcar e canela. As férias serviam para descansar, os amigos
para abraçar e a liberdade era um conceito amplo demais para nos preocuparmos.
Saudade da época em que minha mesada não dava pra comprar
aquele tênis, o que iria requerer tempo e paciência para juntar o dinheiro. Saudade do tempo em que o que me deixava
triste mesmo era ter de fazer os temas para poder sair.
Hoje, queria ter um pouco mais da alegria e da esperança que
tinha quando criança. Queria acreditar mais nas pessoas, e mais ainda no
amanha.
A velha infância. Ser adulto, responsável é chato pra
caramba. Dá trabalho, dá dor de cabeça, dá susto e apertinho no coração.
Que o furacão passe, que leve o peso das decisões erradas e
a tristeza dos olhares. E que a empolgação
infantil e os sorrisos sinceros voltem a fazer parte da nossa rotina.
Feliz dia da criança a todas as crianças – as verdadeiras, e
aquelas que habitam ainda em nosso ser.
Esses dias eu olhei um filme chamado Qual o seu número? (http://www.youtube.com/watch?v=zZtz5CLoVtM), que,
apesar de ter aquelas besteiras clássicas das comédias românticas americanas,
falava sobre assuntos bem interessantes: personalidade e aceitação. No filme,
a ‘mocinha’ fica horrorizada ao ler, em uma revista feminina, que as mulheres
têm em média 10,5 parceiros sexuais ao longo da vida, daí ela fica mais
horrorizada, porque percebe que já teve muito mais peguetes do que isso!
A guria faz as contas e vê que já teve uns 19
ou 20 rolos fortes (fortes mesmo!) e a pesquisa da revista
diz que as mulheres que tiveram 20 ou mais parceiros têm muuuuito mais
dificuldades para se casar! Bah! Dá pra imaginar o desespero da guria! Ela
resolve que, pra não continuar errando, tem que tentar fazer dar certo com
algum dos ex dela!!!
Enfim, não vou contar o filme todo, mas o negócio é
que a dita cuja começa a tentar ser outra pessoa, só pra agradar os caras e
ficar com algum deles. O foda complicado é que ela, no fundo, sabe que já
não tinha dado certo antes e, dificilmente, iria dar certo agora. A moral da
história, é que a mocinha descobre que não adianta ser quem ela não é, porque
no fim das contas você não consegue ser feliz com o sapato apertando, com o
sorriso falso, comendo o que não gosta e falando com pessoas que não curte. So, baby: seja você mesmo (a)!
Daí fiquei refletindo e vi que isso é uma coisa
super comum atualmente, a gente vê muitas pessoas passando por cima de sua
vontade, de sua personalidade, porque estão desesperadas para conseguir um
parceiro (a). Sei lá se é problema de autoestima, insegurança ou medo, mas
só sei que não me agrada, pois na verdade tudo é uma mentira, para o parceiro e
para si mesmo.
Quando vejo alguns casais de namorados muito
perfeitinhos, sem brigas, sem discussões, sem nenhuma ondinha na lagoa, começo
a desconfiar que alguém não está sendo tããão sincero. Fala sério! Eu já deixei
de acreditar nesta história de almas gêmeas faz algum tempo! Que lindo, nós amamos
as mesmas coisas, fazemos as mesmas coisas, nunca brigamos... Ahammm! Já
acreditei! Senta lá, Cláudia!
Quero deixar bem claro aqui que não estou dizendo
que a gente não deva tentar melhorar pra fazer uma relação dar certo, mas
melhorar e não mudar. Sim, porque a evolução faz parte da nossa vida, então,
com o passar do tempo, vamos deixando de lado certos costumes ultrapassados,
certos vícios desnecessários e, muitas vezes, essas transformações acontecem graças
às pessoas que nós amamos.
Mas agora... joaninha adorava balada sertaneja e
passa a adorar rock, porque o novo amor prefere; aninha não saia do pagode, mas
passa a ‘odiar’ o tal do ritmo, porque seu namorado não gosta de pagodeiros; Jorginho
adorava futebol, mas faz de conta que não, porque a namorada detesta! Não rola,
né?! Pois é, mas infelizmente tem gente que, pra ficar com alguém, se molda, se
adapta, se renega até ficar parecendo perfeito (a). Fico imaginando se quem faz
esse tipo de coisa consigo mesmo consegue se sentir realmente feliz, se
consegue sustentar isso por muito tempo ou, pior, se ‘volta ao normal’ depois
que o namoro acaba... humm, acho que não!
Buenas,
sem mais delongas, to be or not to be? To be, minha filha, meu filho! Seja você
mesmo, sem enganações. Se aceite como você realmente é e não deixe de mostrar
pras outras pessoas quem está aí vestido (a), nessa roupa ‘corpo’. Se você fez
muita merda besteira, se resolveu dar/pegar geral, assim como a guria do
filme fazia, se não gosta de comer em restaurantes chiques e adora um boteco de
esquina, não esconda isso! Tenha orgulho em mostrar para os outros os elementos
que te moldaram e te fizeram ser o que é.
Pra terminar, deixo uma música que fala um pouco
disso, sobre falarmos para o outro como nós somos e não nos importarmos com a opinião
alheia!