Recentemente dividi com amigos
mais próximos um texto muito interessante sobre “amizade é mais que amor”.[1]
Uma leitura rica e instigante, que trata da amizade com uma clareza com a qual
compartilho as ideias do autor e para tanto resolvi estender o assunto neste
momento.
Como ponto de partida quero lhe
perguntar: Qual a primeira coisa que vem a sua mente quando se fala a palavra
amor? Bem pensado! A grande maioria, remete-se a um parceiro(a), uma pessoa que
vai significar muito para você, cuja referencia dar-se-á numa completude, a
composição de um inteiro, e, que a partir deste momento a vida se tornará mais
leve.
Com o tempo, em alguns casos, é
possível se verificar a sustentação desta imagem positiva, já em outros, percebe-se
a falsa imagem de atribuir a sua própria felicidade a outrem. Numa escala
evolutiva, a palavra amor, em um contexto genérico, se liga a família, mais
precisamente a mãe, seguido pelo pai (principio de tudo), enfim aos cuidadores,
que proporcionam este ganho emocional essencial ao desenvolvimento como pessoa
(persona) e principalmente como ser humano.
Sabe-se que algumas sensações
podem acompanhar a trajetória de um individuo, tais como: segurança,
dependência, bem-estar, abandono, carinho, (des) ilusão, ciúmes, enfim uma
variedades de sentimentos. Os positivos autorizam a seguir adiante
naturalmente, passar novas fases como um vídeo game, vivenciando coisas boas e
representativas, fazendo com que se possa “brindar a vida”. Contudo os
negativos geram um desconforto físico e emocional, por vezes, ativam outros
sentimentos da mesma espécie, vinculados a tristeza, medo, depressão e afins.
Mas e quando se quer falar de
relacionamentos mais singelos como a AMIZADE? Pare e pense! A estrutura pode
ser similar a das relações amorosas, compõe sentimentos como: confiança, ciúmes,
respeito, inveja, dedicação, tolerância, admiração e inúmeros outros.
Administrar tudo isso não é tarefa fácil, mas quando a amizade é verdadeira - simplesmente
acontece - e pode-se usufruir disso intensamente e por longo tempo.
Afinidades acontecem e se
estabelecem de modo variado, pois assim como na constituição da personalidade que
se dá na infância o momento é oportuno para escolher o que é MELHOR ou nem
tanto para a sua vida. E assim NOS CONSTITUIMOS!
É possível ter muitas amizades no
decurso da vida, desde profundas (que não é necessário estar perto fisicamente)
até amizades em evidencia (no início parece tão real mas que não passa de uma
breve parceria).
O amor aqui referido, por mais
obvio que pareça, acontece na amizade profunda ou perto desta. Existe uma
aliança de pensamentos, emoções, confiança, respeito e aquela gama de
sentimentos citados anteriormente. Tudo isso arquitetado e estruturado
naturalmente como o ecossistema intocável.
Falo do prazer da companhia,
liberdade, respeito, leveza, sintonia, gentileza, afirmação enfim de tudo que
envolve esta relação “magnética” que vai se estabelecendo de acordo com a
frequência, maturidade e interesses.
Sabe quando o tempo passa e você
não se deu conta? Isso se chama viver com plenitude e estes amigos são assim.
Como disse Aristóteles: “A
amizade é uma alma com dois corpos”,
sendo assim, cultive a amizade real e verdadeira e SEJA PLENO!
Abraços,
Cleber Portal
[1]
GIKOVATE, Flávio. Amizade é mais que amor. Disponível em: <http://flaviogikovate.com.br>
Acesso em 05 jan. 2013.