Este blog surgiu entre conversas de “buteco”, depois de tanto ouvir as amigas falando sobre desilusões amorosas, aventuras e desventuras sentimentais, trabalhos problemáticos, destinos incertos, “amigas da onça” e demais blá, blá, blás relacionados às incertezas da vida. Resolvemos botar pra fora! Escrever um livro!! Mas... na falta de um editor que compre nossas idéias, um blog é um bom canal pra falar sobre todos esses assuntos e compartilhar com todas as gurias as agruras de sermos mulheres bem resolvidas, no séc. XXI. Sintam-se à vontade gurias e guris pra comentar os assuntos e dar sugestões!!

domingo, 7 de agosto de 2011

Dia cinza no Boteco


Já faz mais de 06 meses que escrevi este texto, na época uma amiga tinha perdido seu pai e, como um desabafo, cheguei em casa e coloquei umas palavras no papel. Eis que, meses depois, vejo a mesma situação se repetir: 02 amigas minhas, tão novas, são obrigadas a se despedir de seus, igualmente novos, pais...

Apesar de este ser um espaço de alegria, acredito que vale a reflexão:

Recentemente fui ao enterro do pai de uma amiga. Observando aquela situação, indaguei: meu Deus, tão jovem e sem pai. Por que tem que ser assim?
Como somos seres humanos sensíveis, olhamos ao nosso redor, e, fatalmente, nos sentimos privilegiados por poder dizer “bom dia” a um pai e a uma mãe. É sempre assim, quando nos deparamos com os acontecimentos alheios e com as fatalidades da vida, nos damos conta de como aquela pessoa é importante ou foi importante pra nós.

Os pais não deveriam morrer até que seus filhos fossem bem criados, já com seus filhos e com sua vida estabilizada. Os pais não deveriam morrer sem conhecer a família que o filho iria criar, sem viver todos os momentos especiais que seus filhos lhe dariam de presente: a formatura, o casamento, os netos e tantas outras conquistas.

Os pais são nossa base, a palavra de incentivo: “Vai filho! Voa alto! Cai, se recolhe e vem aqui junto de mim se refazer”.
O colo dos pais será sempre nosso ninho, o primeiro lugar. A casa dos pais é como a cidade natal, sem nem mesmo estar na cidade natal. É o passado, recheado de nossas memórias, aquelas que nós não lembramos, dos momentos em que éramos um quase nada, que éramos tão indefesos que se nossos pais, simplesmente, nos abandonassem não sobreviveríamos.
Não sei o que dizer para minha amiga. Não encontro palavras de conforto, só tenho o abraço que deseja proteger daquele momento, pular o filme para a seqüência seguinte.

Quando a gente vê os que amamos indo tão cedo, tão antes do esperado, como que saindo de fininho no meio da história, só nos resta pensar que estava no destino, que a vida se cumpriu. Só me resta esperar que dessa dor saia alguém mais forte, mais consciente da fragilidade da vida e da eternidade do criador.

Desculpem-me se o “Butequinho” hoje está cinza e silencioso, mas este espaço que sempre está cheio de alegria, provocações e opiniões, também tem seus dias de chuva, de copo vazio e cadeiras desocupadas....

Para minhas amigas, que certamente sabem que estou falando para elas, deixo um vídeo com a única coisa que podemos oferecer agora: A AMIZADE!


Beijos e uma semana mais calma, para todos nós...

Um comentário:

  1. A vida é tão cheia de pequenas e grandes surpresas... porque ela é assim, nos surpreender para o bem e para o mal, ele é assim pra gente crescer, pra nos fortalecermos, seja na dor,s eja no amor... que a vida nos traga toda a sua plenitude, todo o seu amor e fervor pra nos ensinar a viver melhor, a amar mais a nós mesmos e aos outros, amar sem limites...

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