Este blog surgiu entre conversas de “buteco”, depois de tanto ouvir as amigas falando sobre desilusões amorosas, aventuras e desventuras sentimentais, trabalhos problemáticos, destinos incertos, “amigas da onça” e demais blá, blá, blás relacionados às incertezas da vida. Resolvemos botar pra fora! Escrever um livro!! Mas... na falta de um editor que compre nossas idéias, um blog é um bom canal pra falar sobre todos esses assuntos e compartilhar com todas as gurias as agruras de sermos mulheres bem resolvidas, no séc. XXI. Sintam-se à vontade gurias e guris pra comentar os assuntos e dar sugestões!!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Hora de partir...



Chega uma hora em que temos de partir. É inevitável. Quando o encontro já não resolve, o carinho já não basta, é preciso saber a hora de dizer tchau, adeus não, acho adeus algo  muito além da nossa compreensão... acho o adeus triste e eterno demais. Saber a hora de partir é uma arte. Às vezes desistimos e saímos cedo de mais, um emprego novo, chefe difícil, inflexibilidade de horários tudo pesa e a gente sai. Curso novo, matéria complexa, falta ânimo a gente desiste. Num relacionamento o outro não te entende, tem gosto duvidoso pra se vestir e adora contrariar, você se irrita, vem o descaso e sai. E quantas vezes  nem chegamos a iniciar, não damos sequer a possibilidade da dúvida, não tentamos. O medo nos detém e a hora de partir antecede a chegada.

Também se parte no meio do caminho. Uma amizade que enfrenta obstáculos, sendo ela frágil, um dos dois cede, não resiste e não acredita, é hora do outro partir.Quando a intimidade já existe, a cumplicidade  impera, você descobre que querem caminhos diferentes, que no fundo sempre foi assim, mas era  possível acreditar que ele mudaria. Tomar a decisão de partir não é a mais fácil, mas por vezes é a mais correta.

Nem sempre somos nós a decidir a hora de partir. Muitos partem sozinhos, sem prévio aviso, somos pegos de surpresa, pelo simples fato de que muitas vezes não prestamos atenção ao nosso redor, às coisas começam a ruir no dia a dia, sempre há sinais. E quando decide-se partir, é porque há muito tempo já não era mais divertido, o habito muitas vezes nos impede sair, de se libertar e seguir em frente... dói. Ninguém disse que seria fácil.

Deixar a zona de conforte e partir. Partir de cabeça erguida, com a certeza de tomar a melhor decisão... não saberemos se foi a mais acertada, mas o tempo defini isso. Não tenha medo de partir, afinal passamos a vida entre idas e vindas. Abraçamos e acenamos, aconchego na chegada e lágrimas nas partidas.

Repense atitudes e a forma como você anda se relacionando, e admita que a hora da partida pode ser uma boa hora para um novo começo.
Ótima semana a todos, e até a próxima!

4 comentários:

  1. Isso aí, Vau. Às vezes precisamos olhar pra dentro de nós e pensar se estamos bem com o que temos no momento. E se a melhor saída for partir, que assim seja.

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    1. Nada de acomodação. Acomodar-se é desvalorizar o teu sentimento e menosprezar o do otro, se não esta bom, é hora de partir.

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  2. Pois é, quando saber que é o momento de partir ou saber quando é momento de deixar o outro partir? É complicado a gente conseguir ultrapassar a barreira do nosso egoísmo e ver a situaçao de maneira clara.
    Eu ainda estou aprendendo...por enquanto tento não tomar atitudes apressadas :)

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  3. Um texto maduro, que me deixou triste, mas que, infelizmente, tenho que concordar. Sinto que deixei um pedacinho de mim. Era a hora de partir. Um amor de carnaval. Nos conhecemos em outra cidade, moramos a 1,2 mil Km de distância. E na segunda-feira, decidimos que era hora de partir um da vida do outro. Não foi e nunca será fácil perdermos um pedacinho de nós mesmos. Fica a dúvida: se nos amamos, por que estamos desistindo? O texto explica bem:"Quando a intimidade já existe, a cumplicidade impera, você descobre que querem caminhos diferentes, que no fundo sempre foi assim, mas era possível acreditar que ele mudaria." Eu sou homem. Escolhi o anonimato. Estou sofrendo muito. No alto do meu ateísmo, eu me ajoelhei, orei, rezei. E espero que essa dor vá embora o mais rápido possível...

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