Este blog surgiu entre conversas de “buteco”, depois de tanto ouvir as amigas falando sobre desilusões amorosas, aventuras e desventuras sentimentais, trabalhos problemáticos, destinos incertos, “amigas da onça” e demais blá, blá, blás relacionados às incertezas da vida. Resolvemos botar pra fora! Escrever um livro!! Mas... na falta de um editor que compre nossas idéias, um blog é um bom canal pra falar sobre todos esses assuntos e compartilhar com todas as gurias as agruras de sermos mulheres bem resolvidas, no séc. XXI. Sintam-se à vontade gurias e guris pra comentar os assuntos e dar sugestões!!

domingo, 3 de julho de 2011

Transpondo as montanhas da vida

Depois de passar um final de semana muito longo, superando mais alguns desafios, resolvi compartilhar com vocês esse texto, de minha autoria, que foi publicado em dezembro do ano passado, no Jornal Vale dos Sinos, e que relata uma experiência ímpar que eu vivi:


Certa vez, numa excursão ao Rio de Janeiro, me deparei com uma montanha (na verdade era um morro bem íngreme, mas para mim tinha a imensidão de uma montanha), que me parecia impossível de escalar. Então sentei ao pé da montanha – logo na primeira inclinação – e disse para meus amigos seguirem adiante sem mim, pois certamente eu iria cair e nosso passeio terminaria no hospital. Então, um de meus companheiros, usando uma boa psicologia, sentou ao meu lado e disse que se eu não fosse, ninguém iria, pois éramos uma equipe e todos deveriam estar juntos. Eu ainda tentei argumentar que não era preciso desistir por minha causa, que eu conhecia meus limites e que realmente seria impossível eu chegar ao topo daquela montanha. Meus amigos já começavam a descer, quando eu olhei para a face deles e vi a decepção de não poder fazer aquela aventura. Puxa, pensei, tudo isso por minha causa. Me questionei friamente, se, de fato, seria impossível eu escalar a tal montanha. Se tantas pessoas já o fizeram, eu também poderia. Foi aí que resolvi tentar, procurei dentro de mim toda a coragem – e uma boa dose de loucura – e comecei a subida.
O caminho foi árduo, minhas pernas tremiam o tempo todo. Eu não podia olhar para baixo e ver a altura em que me encontrava, mas ao mesmo tempo, quando olhava aquela paisagem: a montanha, a mata, o mar e o céu azul, os via de um ângulo privilegiado, via detalhes que só estando ali para perceber. Ao receber aquela recompensa, sentia mais coragem, mais força para seguir adiante.

Quando chegamos no topo da montanha e, finalmente, consegui sentar e relaxar, curtindo minha garrafinha de água e a linda paisagem, me dei conta que tantas vezes cometi o mesmo erro: parei diante dos problemas, sem coragem de seguir em frente, porque achava que não seria capaz de vencer os obstáculos que a vida me propunha. Quantas oportunidades desperdiçadas pelo medo do desconhecido?! Tudo por não acreditar no meu potencial!
Após um período de contemplação, mais curto do que eu gostaria, começamos a descida. Eu ainda tinha medo, mas já me sentia muito mais forte e segura e o melhor, tinha na boca aquele gosto doce da conquista, da superação. Após esse dia decidi que nunca mais pararia diante de um novo desafio por pensar que eu não era capaz. Se a vida me apresentasse algo novo, uma outra montanha intransponível, eu aceitaria e tentaria de todas as formas vencer!
Foi assim, acreditando que, se eu realmente quisesse, tudo poderia, que consegui trabalhar num navio de cruzeiros durante mais de 8 meses, conhecendo países que sempre sonhei, visitando lugares que pareciam distantes da minha realidades. Fique longe de todos que amava, mas mais uma vez superei minha insegurança e medo. Bom, mas isso já é outra historia que contarei em momento oportuno.

Um comentário:

  1. Muito bem amiga! Temos que ousar e correr riscos! Eles são os responsáveis por muitos gostos doces da vida... E como já dito por aí: "Às vezes, as correntes que nos impedem de sermos livres são mais MENTAIS do que FÍSICAS"!

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